Mais intenso, pujante e sombrio do que um gritty reboot de J.J. Abrams, The Empire Strikes Black bem que poderia figurar no leitor de CDs de cada starfighter envolvido na batalha contra a Deathstar… ou ser o toque de despertador do Darth Vader. Lançado em fevereiro, este álbum marcou o regresso aos discos dos coimbrenses Terror Empire, três anos após se terem dado a conhecer com o EP Face The Terror. E que regresso! Este é, sem sombra de dúvida, um dos lançamentos mais explosivos do ano.
Review por: António Pereira
Review por: António Pereira
The Empire Strikes Black traz de volta o thrash extremo - a pisar as fronteiras do death – com que os Terror Empire se apresentaram ao mundo em 2012 e que muitas cabeças tem feito rolar desde então. Pormenor curioso: a própria faixa de abertura do disco recupera o motivo que abriu as hostilidades no seu antecessor. E logo por aí dá para perceber o quanto a banda evoluiu nestes últimos anos.
Da comparação entre as duas “versões” fica-nos a ideia de uns Terror Empire mais maduros, com um som mais concentrado, mais denso, mais visceral. E o resto do álbum prova-o: sem exceções, todos os componentes das doze músicas que compõem este álbum, até ao mais ínfimo pormenor, parecem ter sido escolhidos a dedo para formar, no conjunto, uma máquina de destruição afinada até à perfeição e com um único objetivo - máxima carnificina.
Sem nunca dar tréguas ou abrandar para recuperar o fôlego, The Empire Strikes Black é, do início ao fim, um festival de thrashalhadas de partir dentes (“The Servant” e “Good Friends Make The Best Enemies” – esta última com a participação de Marco Fresco dos Tales For The Unspoken – vão provocar o caos no pit por muitos anos), com uma dose saudável (não para o corpo) de blast beats e ritmos frenéticos em tremolo picking, breakdowns de esmigalhar ossos, e ainda complementos melódicos harmonizados q.b., já para não falar do abuso sem misericórdia dos squeals, dive bombs e até do pitch shifter (o final demolidor da “Man Made of Sand” ficou particularmente no ouvido, com um riff que parece saído de uma colaboração entre os Cypress Hill e o Dimebag).
No geral, a sonoridade do álbum faz lembrar um pouco os Testament do final da década de 90 - faixas como “Skinned Alive” poderiam muito bem fazer parte de um The Gathering (o próprio Ricardo Martins parece tentar invocar o Chuck Billy no refrão desta faixa). Contudo, se as influências dos patrões do thrash são inegáveis, também não é menos verdade que, em muitos momentos, o nível de brutalidade atinge um ponto tal que a ideia que nos fica é a de que até os “grandes” vão ter de comer muita Farinha 33 se não quiserem ficar para trás.
Trabalhando aquilo que gostam e sabem fazer melhor e sem quaisquer intenções de “reinventar a roda”, como o próprio guitarrista Rui Alexandre disse na entrevista à Portuguese Distortion (que podem ler aqui), os Terror Empire conseguiram refinar a fórmula vencedora sem se porem com misturas, e o resultado foi francamente positivo. Com The Empire Strikes Black, os Terror Empire assumem-se como um nome incontornável no thrash metal luso atual.
Agora alguém me diga por favor onde fica o IKEA mais próximo, que a mobília do meu quarto já era.
Da comparação entre as duas “versões” fica-nos a ideia de uns Terror Empire mais maduros, com um som mais concentrado, mais denso, mais visceral. E o resto do álbum prova-o: sem exceções, todos os componentes das doze músicas que compõem este álbum, até ao mais ínfimo pormenor, parecem ter sido escolhidos a dedo para formar, no conjunto, uma máquina de destruição afinada até à perfeição e com um único objetivo - máxima carnificina.
Sem nunca dar tréguas ou abrandar para recuperar o fôlego, The Empire Strikes Black é, do início ao fim, um festival de thrashalhadas de partir dentes (“The Servant” e “Good Friends Make The Best Enemies” – esta última com a participação de Marco Fresco dos Tales For The Unspoken – vão provocar o caos no pit por muitos anos), com uma dose saudável (não para o corpo) de blast beats e ritmos frenéticos em tremolo picking, breakdowns de esmigalhar ossos, e ainda complementos melódicos harmonizados q.b., já para não falar do abuso sem misericórdia dos squeals, dive bombs e até do pitch shifter (o final demolidor da “Man Made of Sand” ficou particularmente no ouvido, com um riff que parece saído de uma colaboração entre os Cypress Hill e o Dimebag).
No geral, a sonoridade do álbum faz lembrar um pouco os Testament do final da década de 90 - faixas como “Skinned Alive” poderiam muito bem fazer parte de um The Gathering (o próprio Ricardo Martins parece tentar invocar o Chuck Billy no refrão desta faixa). Contudo, se as influências dos patrões do thrash são inegáveis, também não é menos verdade que, em muitos momentos, o nível de brutalidade atinge um ponto tal que a ideia que nos fica é a de que até os “grandes” vão ter de comer muita Farinha 33 se não quiserem ficar para trás.
Trabalhando aquilo que gostam e sabem fazer melhor e sem quaisquer intenções de “reinventar a roda”, como o próprio guitarrista Rui Alexandre disse na entrevista à Portuguese Distortion (que podem ler aqui), os Terror Empire conseguiram refinar a fórmula vencedora sem se porem com misturas, e o resultado foi francamente positivo. Com The Empire Strikes Black, os Terror Empire assumem-se como um nome incontornável no thrash metal luso atual.
Agora alguém me diga por favor onde fica o IKEA mais próximo, que a mobília do meu quarto já era.