"O negativismo continua presente no som da banda, mas veste agora uma pele diferente, com raiva acrescida: os Cruelist nunca estiveram tão zangados."
Review por: Joana Ribeiro
Review por: Joana Ribeiro
O novo álbum de Cruelist dá pelo nome de “Echoes” e surge como prova de que a banda sabe produzir barulho de boa qualidade. Se já tinham ficado curiosos em relação ao seu som com o EP “Rotting Tree”, decerto ficarão fãs deste álbum, pois, mantendo-se no mesmo estilo do antecessor, revela uma evolução da banda. Os momentos mais melancólicos de “Rotting Tree” foram substituídos em “Echoes” por um maior peso e agressividade. O negativismo continua presente no som da banda, mas veste agora uma pele diferente, com raiva acrescida: os Cruelist nunca estiveram tão zangados.
Não se pense, no entanto, que isto significa que o álbum é uma mistela insondável de peso insípido, previsível ou demasiado “plano”. A sonoridade da banda, um mix de hardcore punk com crust, grindcore e até influências vindas do metal, não abdica dos característicos riffs dissonantes e de brincadeiras com o tempo das músicas, conferindo dinamismo ao álbum e tornando o headbanging ao som deste uma experiência no mínimo interessante. Em “Echoes” não há momentos mortos.
De entre as 8 faixas, repletas de energia furiosa e uma certa ambiência obscura, poderão destacar-se “Open Wounds” – que conta com a participação de Sofia M.L, a vocalista de Lodge – e “Shattered and Crushed” – com um baixo delicioso – ambas particularmente orelhudas, que dificilmente não deixam o ouvinte colado e com vontade de colocar a música em repeat no volume máximo ou, para os mais irrequietos, de derrubar corpos num concerto bem suado.
Aconselhável para amantes de Baptists, Dark Circles ou simplesmente de boa destruição sonora.
Não se pense, no entanto, que isto significa que o álbum é uma mistela insondável de peso insípido, previsível ou demasiado “plano”. A sonoridade da banda, um mix de hardcore punk com crust, grindcore e até influências vindas do metal, não abdica dos característicos riffs dissonantes e de brincadeiras com o tempo das músicas, conferindo dinamismo ao álbum e tornando o headbanging ao som deste uma experiência no mínimo interessante. Em “Echoes” não há momentos mortos.
De entre as 8 faixas, repletas de energia furiosa e uma certa ambiência obscura, poderão destacar-se “Open Wounds” – que conta com a participação de Sofia M.L, a vocalista de Lodge – e “Shattered and Crushed” – com um baixo delicioso – ambas particularmente orelhudas, que dificilmente não deixam o ouvinte colado e com vontade de colocar a música em repeat no volume máximo ou, para os mais irrequietos, de derrubar corpos num concerto bem suado.
Aconselhável para amantes de Baptists, Dark Circles ou simplesmente de boa destruição sonora.