Apesar de termos inúmeros fotógrafos de qualidade em Portugal, o Cameraman Metálico foi um dos primeiros a afirmar-se no circuito do rock e do heavy metal, sendo já há várias décadas um nome emblemático. Através de uma curta entrevista, revemos aqui alguns momentos da sua longa carreira.
Como começou a carreira na fotografia?
Começou tudo em 1970, mais ou menos, com uma máquina de plástico oferta de uma entidade. Nas primeiras fotos eu nem sabia o que era o obturador...
Quando tive a 1ª SLR (Reflex), ai sim, começou a paixão. Em 1986 levei-a para um concerto e pronto, aconteceu... Em 1990 já tinha a fanzine, comecei a escrever no Diário Popular... já era um enorme estatuto, e em 1991 deixei de fotografar do público e comecei no pit. Em 1995 entrei para A Capital, e nunca mais parei... até hoje...
Começou tudo em 1970, mais ou menos, com uma máquina de plástico oferta de uma entidade. Nas primeiras fotos eu nem sabia o que era o obturador...
Quando tive a 1ª SLR (Reflex), ai sim, começou a paixão. Em 1986 levei-a para um concerto e pronto, aconteceu... Em 1990 já tinha a fanzine, comecei a escrever no Diário Popular... já era um enorme estatuto, e em 1991 deixei de fotografar do público e comecei no pit. Em 1995 entrei para A Capital, e nunca mais parei... até hoje...
Como era o circuito de festivais e de concertos nessa altura?
Era reduzido como devem calcular. Concertos eram uns 4 ou 5 por ano e festivais só comecei em 1996... Mas fiz alguns festivais no estrangeiro como o Monsters of Rock, Dynamo e Wacken.
Quais as maiores dificuldades encontradas durante a carreira?
Nunca tive muitos problemas, se calhar pela minha atitude amiga e humilde... posso dizer que só tive 2 granéis na minha vida. Na escrita também tive sempre liberdade, sempre escrevi o que queria e como queria... só tinha de controlar o espaço.
Quando se deu a transição para a fotografia digital, e porquê?
Em 1999 estava no Raio X e a Olympus ofereceu-me uma câmara digital... usei filme até 2005, às vezes ainda uso.
Quais as vantagens e desvantagens dos dois formatos, para quem fotografa?
O digital é mais fácil, mas as câmaras de topo são mais caras, torna-se essencial dominar o Photoshop... e o filme era mais bonito, o preto e branco, os slides...
Lente e câmara de eleição?
Tive uma vida de 30 anos com duas marcas, a Nikon no analógico e a Olympus no analógico e digital. Nunca tive uma full frame nem lentes de topo. Gosto das grandes angulares e de fotografar com flash. Agora uso uma Olympus E400 com 2 objectivas 28-80mm e 80-300mm... vai dando.
Concerto que deu mais gosto fotografar?
Qualquer um de Motörhead, Metallica ou Manowar.
Para terminar: conselhos para os fotógrafos amadores?
Sejam vocês mesmos, vejam muita foto e tentem fazer como os mestres. Eu sou autodidacta, 100%... e consegui vencer.
Se não gostarem mesmo de fotografia nunca vão conseguir. Estudem, sejam humildes e ajudem o próximo... comigo resultou.