Poucos festivais contam com uma história tão sólida e longa como a do SWR Barroselas Metalfest, e quase toda a gente tem uma história para contar. Decidimos enviar umas quantas perguntas a todas as bandas presentes na 20ª edição e estes foram os resultados. Na terceira parte: Goldenpyre, GROG, Alcoholocaust e Holocausto Canibal.
1. Lembram-se da primeira vez que ouviram falar do Barroselas? E da primeira vez que decidiram lá ir?
Goldenpyre: Oh pá, é melhor eu não responder a esta…
GROG: Não tenho a certeza de quando foi a primeira vez que ouvi falar do SWR, mas constava que, já na altura, era o maior festival em Portugal. Quando lá fomos pela primeira vez foi para tocar e promover o “Odes to the Carnivorous” que saiu em 2001.
Alcoholocaust (Possessus): A primeira vez que ouvi falar do Barroselas foi em 1999, a 2ª edição, ano esse em que tocou Dark Agression, uma banda da qual fiz parte posteriormente. Em 2005 fui a primeira vez para ver Incantation.
Holocausto Canibal (Zé Pedro): Em relação à edição de estreia, em 1998, lembro-me perfeitamente dela! Basicamente lia a Metalurgia [a fanzine dos irmãos Veiga] e como esse foi um dos primeiros eventos por eles organizados decidi comparecer à chamada. Recordo-me que a Casa do Povo de Barroselas não encheu mas teve concertos memoráveis de Avulsed, Agonizing Terror, Defaulter e Casablanca, que penso que não estavam previstos no cartaz de início mas acabaram por ser incluídos no dia! Na altura este evento acabou por funcionar como ponto de encontro presencial para muitos correspondentes underground que até então ainda não se tinham conhecido pessoalmente. Não tinha ainda carta e lembro-me de no fim do festival termos feito horas até ao primeiro comboio para o Porto, num daqueles espaços exíguos junto à linha, existentes no apeadeiro de Barroselas.
Goldenpyre: Oh pá, é melhor eu não responder a esta…
GROG: Não tenho a certeza de quando foi a primeira vez que ouvi falar do SWR, mas constava que, já na altura, era o maior festival em Portugal. Quando lá fomos pela primeira vez foi para tocar e promover o “Odes to the Carnivorous” que saiu em 2001.
Alcoholocaust (Possessus): A primeira vez que ouvi falar do Barroselas foi em 1999, a 2ª edição, ano esse em que tocou Dark Agression, uma banda da qual fiz parte posteriormente. Em 2005 fui a primeira vez para ver Incantation.
Holocausto Canibal (Zé Pedro): Em relação à edição de estreia, em 1998, lembro-me perfeitamente dela! Basicamente lia a Metalurgia [a fanzine dos irmãos Veiga] e como esse foi um dos primeiros eventos por eles organizados decidi comparecer à chamada. Recordo-me que a Casa do Povo de Barroselas não encheu mas teve concertos memoráveis de Avulsed, Agonizing Terror, Defaulter e Casablanca, que penso que não estavam previstos no cartaz de início mas acabaram por ser incluídos no dia! Na altura este evento acabou por funcionar como ponto de encontro presencial para muitos correspondentes underground que até então ainda não se tinham conhecido pessoalmente. Não tinha ainda carta e lembro-me de no fim do festival termos feito horas até ao primeiro comboio para o Porto, num daqueles espaços exíguos junto à linha, existentes no apeadeiro de Barroselas.
Goldenpyre
2. Já tocaram no Barroselas no passado. Que memórias têm dessa experiência?
Goldenpyre: Sim, já tocámos 4 vezes no SWR… foi sempre muito bom tocar com tanta gente a assistir e com boas condições. É sempre bom tocar em “casa”!!
GROG: Tocar no SWR é muito especial para nós. Sentimo-nos em casa e perante a nossa família. Naturalmente que não há experiências iguais e, como tal, é sempre muito gratificante sentir a cumplicidade do público. Esta é imagem que fica de todas as nossas viagens a Barroselas, somos iguais ao público e o público é igual a nós. Quando isso acontece não há barreiras e todos os envolvidos dão o máximo que têm. Isto são os GROG no SWR!!!
Alcoholocaust (Possessus): Tocámos lá em 2009, a abrir as hostilidades. Lembro-me que fomos a primeira banda a tocar esse ano, depois o resto fica tudo muito turvo devido à prática constante do alcoolismo.
Holocausto Canibal (Zé Pedro): Esta será a 6ª vez que tocamos no SWR Barroselas Metalfest (embora já todos o tenhamos feito mais um par de vezes com outros side projects)! Já o fizemos em 2000, 2001, 2003, 2007, 2012. Como visitante penso ter falhado apenas 2 anos mas mesmo nessas edições esteve sempre presente alguém da banda, ou seja, podemos dizer que estivemos presentes em todas as edições do festival. A nossa actuação mais emblemática foi sem dúvida a do ano 2000 aquando da 3ª edição do festival, tendo ficado marcada na memória de algumas pessoas pelo uso de uma moto-serra e desmembramento de generosas quantidades de carne.
Goldenpyre: Sim, já tocámos 4 vezes no SWR… foi sempre muito bom tocar com tanta gente a assistir e com boas condições. É sempre bom tocar em “casa”!!
GROG: Tocar no SWR é muito especial para nós. Sentimo-nos em casa e perante a nossa família. Naturalmente que não há experiências iguais e, como tal, é sempre muito gratificante sentir a cumplicidade do público. Esta é imagem que fica de todas as nossas viagens a Barroselas, somos iguais ao público e o público é igual a nós. Quando isso acontece não há barreiras e todos os envolvidos dão o máximo que têm. Isto são os GROG no SWR!!!
Alcoholocaust (Possessus): Tocámos lá em 2009, a abrir as hostilidades. Lembro-me que fomos a primeira banda a tocar esse ano, depois o resto fica tudo muito turvo devido à prática constante do alcoolismo.
Holocausto Canibal (Zé Pedro): Esta será a 6ª vez que tocamos no SWR Barroselas Metalfest (embora já todos o tenhamos feito mais um par de vezes com outros side projects)! Já o fizemos em 2000, 2001, 2003, 2007, 2012. Como visitante penso ter falhado apenas 2 anos mas mesmo nessas edições esteve sempre presente alguém da banda, ou seja, podemos dizer que estivemos presentes em todas as edições do festival. A nossa actuação mais emblemática foi sem dúvida a do ano 2000 aquando da 3ª edição do festival, tendo ficado marcada na memória de algumas pessoas pelo uso de uma moto-serra e desmembramento de generosas quantidades de carne.
GROG (foto: Marta Louro)
3. Qual o concerto mais marcante que viram no festival?
Goldenpyre: Aqui falo em termos pessoais… Bolt Thrower, Incantation, Akercocke, Inquisition, Absu, Napalm Death, Nifelheim… sei lá, foram tantos!!
GROG: Pela oportunidade única, gostei muito de Atheist e Soilent Green.
Alcoholocaust (Possessus, Speedy Drunk Bastard, Rockus Maximus): Possessed. Whiplash. Venom.
Holocausto Canibal (Zé Pedro): Ao longo dos anos muitas foram as vivências e concertos que consideramos especiais por alguns motivos, a título pessoal destaco sem ordem específica: Internal Suffering, Akercocke, Carpathian Forest, Absu, Enslaved, Napalm Death, Watain, Spasm…
4. Como descreveriam o vosso som a quem nunca vos viu?
Goldenpyre: Old school death metal…
GROG: Deathgrind.
Alcoholocaust (Possessus): Speed/thrash metal alcoólico com d-beat e rock n’roll à mistura. Motörhead mais rápido e ainda mais alcoolizado.
Holocausto Canibal (Zé Pedro): Death Gore Grind vociferado em português. Carnívoro, com sangue e se houver margem para tal... salpicado com esperma.
Goldenpyre: Aqui falo em termos pessoais… Bolt Thrower, Incantation, Akercocke, Inquisition, Absu, Napalm Death, Nifelheim… sei lá, foram tantos!!
GROG: Pela oportunidade única, gostei muito de Atheist e Soilent Green.
Alcoholocaust (Possessus, Speedy Drunk Bastard, Rockus Maximus): Possessed. Whiplash. Venom.
Holocausto Canibal (Zé Pedro): Ao longo dos anos muitas foram as vivências e concertos que consideramos especiais por alguns motivos, a título pessoal destaco sem ordem específica: Internal Suffering, Akercocke, Carpathian Forest, Absu, Enslaved, Napalm Death, Watain, Spasm…
4. Como descreveriam o vosso som a quem nunca vos viu?
Goldenpyre: Old school death metal…
GROG: Deathgrind.
Alcoholocaust (Possessus): Speed/thrash metal alcoólico com d-beat e rock n’roll à mistura. Motörhead mais rápido e ainda mais alcoolizado.
Holocausto Canibal (Zé Pedro): Death Gore Grind vociferado em português. Carnívoro, com sangue e se houver margem para tal... salpicado com esperma.
Alcoholocaust (foto: Marta Louro)
5. O que esperam desta edição? Alguma banda que vos entusiasme mais?
Goldenpyre: Esperamos uma enchente daquelas… bom ambiente, muitos copos, grandes concertos… em suma, uma grande festa. O Natal dos metaleiros… eheheh. Todas as bandas nos entusiasmam mas posso destacar o concerto dos Mayhem, o regresso dos Aborted, Akercocke e Inquisition, os Dead Congregation, os Antichrist, são tantos… destaco também os Steelharmonics, uma banda filarmónica a fazer versões de temas marcantes do heavy metal!
GROG: O SWR é a comunhão das bandas, do público e de todos os agentes ligados ao Metal. Todos os dias vive-se e respira-se uma atmosfera singular. Nunca é uma parte que se destaca, mas sim o todo!
Alcoholocaust (Rockus Maximus): O clássico orvalho baptismal aliado a um bacanal de proporções épicas. Estou ansioso por ver Venom Inc e Mayhem, curioso com Goldenpyre e com vontade de rever Master.
Holocausto Canibal (Zé Pedro): Cada um tem os seus gostos mas a julgar pelas últimas conversas que se tem tido durante as viagens diria que os pontos mais convergentes serão: Goldenpyre, Dead Congregation, Master, The Ominous Circle, Mayhem, Extreme Noise Terror, Inquisition, etc.
Goldenpyre: Esperamos uma enchente daquelas… bom ambiente, muitos copos, grandes concertos… em suma, uma grande festa. O Natal dos metaleiros… eheheh. Todas as bandas nos entusiasmam mas posso destacar o concerto dos Mayhem, o regresso dos Aborted, Akercocke e Inquisition, os Dead Congregation, os Antichrist, são tantos… destaco também os Steelharmonics, uma banda filarmónica a fazer versões de temas marcantes do heavy metal!
GROG: O SWR é a comunhão das bandas, do público e de todos os agentes ligados ao Metal. Todos os dias vive-se e respira-se uma atmosfera singular. Nunca é uma parte que se destaca, mas sim o todo!
Alcoholocaust (Rockus Maximus): O clássico orvalho baptismal aliado a um bacanal de proporções épicas. Estou ansioso por ver Venom Inc e Mayhem, curioso com Goldenpyre e com vontade de rever Master.
Holocausto Canibal (Zé Pedro): Cada um tem os seus gostos mas a julgar pelas últimas conversas que se tem tido durante as viagens diria que os pontos mais convergentes serão: Goldenpyre, Dead Congregation, Master, The Ominous Circle, Mayhem, Extreme Noise Terror, Inquisition, etc.
Holocausto Canibal (foto: Marta Louro)
6. Qual a melhor parte de tocar no XX aniversário do SWR?
Goldenpyre: Tocar em “casa” e, também, por ser um concerto especial com algumas surpresas pelo meio…
GROG: Voltar a estar com família, poder partilhar a amizade que temos pelo evento, o carinho que nutrimos pelos responsáveis que o organizam, ver a insanidade que é libertada e deixar o palco em cacos após a nossa actuação.
Alcoholocaust (Rockus Maximus): A melhor parte é muita coisa... a pior é a responsabilidade que isso acarta! De certeza que vai ser marcante como todos os outros foram e tão bem nos habituaram (com especial ênfase no cartaz) e fazer parte da celebração de uma luta contínua que já vai em 20 anos... 20 anos, foda-se!
Holocausto Canibal (Zé Pedro): A melhor parte é obviamente ter a oportunidade de festejar conjuntamente com o festival as duas décadas também de banda. Sempre caminhamos lado a lado com o festival e é excelente comungar da história do evento e ficar para sempre associado a esta efeméride de contornos únicos na cena underground nacional.
Aparte disto, as melhores partes deste vigésimo aniversário coincidirão com todas as outras "melhores partes" das edições anteriores, nomeadamente rever velhos amigos / fazer novos e invocar o caos de forma contínua diminuindo a esperança de vida de forma atroz com o auxílio do que estiver mais à mão... sem barómetro demencial, nem limitador de insanidade.
Tudo o que se possa acrescentar ao facto de o festival levar 20 anos consecutivos de existência torna-se redundante! Pois é nessa persistência, continuidade e longevidade que reside a verdadeira essência deste festival.
Goldenpyre: Tocar em “casa” e, também, por ser um concerto especial com algumas surpresas pelo meio…
GROG: Voltar a estar com família, poder partilhar a amizade que temos pelo evento, o carinho que nutrimos pelos responsáveis que o organizam, ver a insanidade que é libertada e deixar o palco em cacos após a nossa actuação.
Alcoholocaust (Rockus Maximus): A melhor parte é muita coisa... a pior é a responsabilidade que isso acarta! De certeza que vai ser marcante como todos os outros foram e tão bem nos habituaram (com especial ênfase no cartaz) e fazer parte da celebração de uma luta contínua que já vai em 20 anos... 20 anos, foda-se!
Holocausto Canibal (Zé Pedro): A melhor parte é obviamente ter a oportunidade de festejar conjuntamente com o festival as duas décadas também de banda. Sempre caminhamos lado a lado com o festival e é excelente comungar da história do evento e ficar para sempre associado a esta efeméride de contornos únicos na cena underground nacional.
Aparte disto, as melhores partes deste vigésimo aniversário coincidirão com todas as outras "melhores partes" das edições anteriores, nomeadamente rever velhos amigos / fazer novos e invocar o caos de forma contínua diminuindo a esperança de vida de forma atroz com o auxílio do que estiver mais à mão... sem barómetro demencial, nem limitador de insanidade.
Tudo o que se possa acrescentar ao facto de o festival levar 20 anos consecutivos de existência torna-se redundante! Pois é nessa persistência, continuidade e longevidade que reside a verdadeira essência deste festival.