Depois de um EP muito bem recebido em 2013, os Memoirs of a Secret Empire exploram agora aquela área cinzenta entre o post-rock e o post-metal através do seu primeiro full-length, "Vertigo". Soando muito maiores do que o simples trio que são, pedimos-lhes para falarem dos pedais que os ajudam a atingir esse efeito.
Ivo Madeira: Baixo
Desde que decidi que o baixo iria ser o meu instrumento de eleição, procurei pedais que me permitissem criar uma certa estética. Um som pesado com bastantes graves e com poucos médios. Queria que o baixo tivesse um som sujo mas não fuzzy.
O som está entre a distorção e o clean sem nunca chegar a ser um nem outro. Para isso tenho sempre um dos 2 pedais principais do meu Set ligado.
AGUILAR TONE HAMMER:
Foi a minha primeira compra e seguiu comigo para estúdio e concertos. Não vivo sem este pedal e já fiz concertos com Örök em que só usei este pedal. Em estúdio com Névoa fiz o mesmo. Consigo tirar o som que quero, como se tivesse o som de baixo mais pesado de sempre mas sem distorcer ou ficar sem definição. É um pré-amplificador e uso-o para equalizar o som. É como se tivesse o amp naquele pedal e posso controlar os médios, graves, master, etc.
O ENGAGE está sempre ligado e uso o AGS quando quero mais "peso". Ou seja para criar dinâmica entre pesado e calmo.
PIGTRONIX DISNORTION:
Quando entrei pela primeira vez em estúdio o Makoto [Yagyu, Blacksheep Studios] apresentou-me ao Pigtronix Disnortion que neste momento é um pedal descontinuado. Eu procurava a tal sujidade que referi em cima mas queria algo que me desse isso quando não estava a usar o AGS do Aguilar.
Este pedal tem: Octaver, Fuzz e Overdrive. Apenas uso o Overdrive e puxo muito pouco por ele, dou apenas um cheirinho para dar essa sujidade ao som.
BOSS TU-3:
Confesso que pesquisei muito mas no fim fui parar ao clássico, apesar de haver outros pedais interessantes de afinação.
AKAI E2 HEADRUSH:
Tenho este delay mas se o usei duas vezes na vida é muito. O primeiro problema com ele foi o espaço e ensaiar em 2 sítios diferentes não permite andar com grandes malas. Então tinha que ser prático e encostei o pedal. É um pedal super interessante, tem a opção para fazer loops e usei mais na fase do EP de MOASE, no entanto tenho usado pouco. Também senti que, seja em MOASE, Névoa ou Örök, os guitarristas usam delays e eu seria mais um para confundir nessa equação, então prefiro ser a base mais crua.
No entanto em breve quero usar para criar algumas passagens de ambiente/noise entre as músicas com o looper.
Veredicto: Sinto que ter uma pedalboard gigante, no meu caso, não significa ter um som incrível, antes pelo contrário. Encontrei a minha identidade com estes pedais e permite-me tocar nos 3 projetos sem alterar o meu som drasticamente.
João Pedro Amorim: Guitarra
O som está entre a distorção e o clean sem nunca chegar a ser um nem outro. Para isso tenho sempre um dos 2 pedais principais do meu Set ligado.
AGUILAR TONE HAMMER:
Foi a minha primeira compra e seguiu comigo para estúdio e concertos. Não vivo sem este pedal e já fiz concertos com Örök em que só usei este pedal. Em estúdio com Névoa fiz o mesmo. Consigo tirar o som que quero, como se tivesse o som de baixo mais pesado de sempre mas sem distorcer ou ficar sem definição. É um pré-amplificador e uso-o para equalizar o som. É como se tivesse o amp naquele pedal e posso controlar os médios, graves, master, etc.
O ENGAGE está sempre ligado e uso o AGS quando quero mais "peso". Ou seja para criar dinâmica entre pesado e calmo.
PIGTRONIX DISNORTION:
Quando entrei pela primeira vez em estúdio o Makoto [Yagyu, Blacksheep Studios] apresentou-me ao Pigtronix Disnortion que neste momento é um pedal descontinuado. Eu procurava a tal sujidade que referi em cima mas queria algo que me desse isso quando não estava a usar o AGS do Aguilar.
Este pedal tem: Octaver, Fuzz e Overdrive. Apenas uso o Overdrive e puxo muito pouco por ele, dou apenas um cheirinho para dar essa sujidade ao som.
BOSS TU-3:
Confesso que pesquisei muito mas no fim fui parar ao clássico, apesar de haver outros pedais interessantes de afinação.
AKAI E2 HEADRUSH:
Tenho este delay mas se o usei duas vezes na vida é muito. O primeiro problema com ele foi o espaço e ensaiar em 2 sítios diferentes não permite andar com grandes malas. Então tinha que ser prático e encostei o pedal. É um pedal super interessante, tem a opção para fazer loops e usei mais na fase do EP de MOASE, no entanto tenho usado pouco. Também senti que, seja em MOASE, Névoa ou Örök, os guitarristas usam delays e eu seria mais um para confundir nessa equação, então prefiro ser a base mais crua.
No entanto em breve quero usar para criar algumas passagens de ambiente/noise entre as músicas com o looper.
Veredicto: Sinto que ter uma pedalboard gigante, no meu caso, não significa ter um som incrível, antes pelo contrário. Encontrei a minha identidade com estes pedais e permite-me tocar nos 3 projetos sem alterar o meu som drasticamente.
João Pedro Amorim: Guitarra
A ideia geral por trás da pedaleira de guitarra de MOASE pode comprimir-se em duas palavras/conceitos: atmosférico e pesado. Procuro maioritariamente sons analógicos que se encaixem nesses conceitos: delay e reverb expansivo, distorção grave...
Ao pormenor:
BOSS TU-3:
Pedal de afinação – básico mas essencial
STRYMON DECO:
Dois pedais num só. Dum lado saturação analógica (emulador de analog tape com um knob de saturação do sinal), capaz de produzir um som pesado, rasgado, com definição tanto nas notas agudas como nas graves. Do outro lado um doubletracker. Regulando o lag time knob, é capaz de produzir efeitos de modulação desde flanger até tape echo. Um pedal novo para mim mas sem o qual já nem imagino tocar.
FULLTONE OCD:
Um overdrive/distorção bastante aprazível de ouvir. Dependendo do setting, capaz de produzir um som muito ou pouco distorcido, grave mas definido, sem perder a individualidade das notas agudas. Sem dúvida dos melhores overdrives que já experimentei. No entanto, encontrar uma distorção perfeita é uma busca constante e interminável.
EHX MEMORY BOY:
Delay analógico, um pedal relativamente simples mas ainda assim capaz de produzir sons totalmente esquizofrénicos. Uso-o como um delay que, encaixado antes do overdrive, permite um som super expansivo, atmosférico no seu verdadeiro sentido. Não tendo TapTempo, a ideia é usá-lo para vaguear/divagar pelos sons da guitarra sem um batimento certo.
LINE 6 DL4:
Multi-delay digital. Um pedal incrível para se brincar num estúdio durante horas, sem dúvida. Para o live act é mais limitado, permite fazer pequenos loops e usar 3 delays diferentes (guardados em 3 “canais”) mas para alterar no meio de um concerto não é muito prático. Este é um pedal que penso trocar por algo mais simples que sirva o mesmo propósito de delay digital com tap tempo (isto na perspectiva do live act). Esta última característica (tap tempo) é o mais importante para mim neste pedal, permite-me ter repetições “certas no tempo”.
EHX NANO HOLY GRAIL:
Reverb simples. Permite optar entre 3 tipos de reverb. Enche o som clean da guitarra com o seu único knob a 30-40%. Se pretender um reverb mais presente, basta aumentar para cima dos 60%, dando um carácter muito “marado” ao som, o típico reverb exagerado. Para certos fins como partes atmosféricas menos definidas é incrível.
BOSS RC-20:
Um pedal antigo, descontinuado. Looper. Uso-o para fazer loops e conseguir ter duas guitarras a tocar em partes de músicas que o pedem!
Ao pormenor:
BOSS TU-3:
Pedal de afinação – básico mas essencial
STRYMON DECO:
Dois pedais num só. Dum lado saturação analógica (emulador de analog tape com um knob de saturação do sinal), capaz de produzir um som pesado, rasgado, com definição tanto nas notas agudas como nas graves. Do outro lado um doubletracker. Regulando o lag time knob, é capaz de produzir efeitos de modulação desde flanger até tape echo. Um pedal novo para mim mas sem o qual já nem imagino tocar.
FULLTONE OCD:
Um overdrive/distorção bastante aprazível de ouvir. Dependendo do setting, capaz de produzir um som muito ou pouco distorcido, grave mas definido, sem perder a individualidade das notas agudas. Sem dúvida dos melhores overdrives que já experimentei. No entanto, encontrar uma distorção perfeita é uma busca constante e interminável.
EHX MEMORY BOY:
Delay analógico, um pedal relativamente simples mas ainda assim capaz de produzir sons totalmente esquizofrénicos. Uso-o como um delay que, encaixado antes do overdrive, permite um som super expansivo, atmosférico no seu verdadeiro sentido. Não tendo TapTempo, a ideia é usá-lo para vaguear/divagar pelos sons da guitarra sem um batimento certo.
LINE 6 DL4:
Multi-delay digital. Um pedal incrível para se brincar num estúdio durante horas, sem dúvida. Para o live act é mais limitado, permite fazer pequenos loops e usar 3 delays diferentes (guardados em 3 “canais”) mas para alterar no meio de um concerto não é muito prático. Este é um pedal que penso trocar por algo mais simples que sirva o mesmo propósito de delay digital com tap tempo (isto na perspectiva do live act). Esta última característica (tap tempo) é o mais importante para mim neste pedal, permite-me ter repetições “certas no tempo”.
EHX NANO HOLY GRAIL:
Reverb simples. Permite optar entre 3 tipos de reverb. Enche o som clean da guitarra com o seu único knob a 30-40%. Se pretender um reverb mais presente, basta aumentar para cima dos 60%, dando um carácter muito “marado” ao som, o típico reverb exagerado. Para certos fins como partes atmosféricas menos definidas é incrível.
BOSS RC-20:
Um pedal antigo, descontinuado. Looper. Uso-o para fazer loops e conseguir ter duas guitarras a tocar em partes de músicas que o pedem!