Formados há quase dez anos, os Catacombe viriam a ser um dos nomes mais sonantes de uma pequena cena de música instrumental na improvável cidade de Vale de Cambra, e basta ouvir "Quidam", o seu mais recente lançamento, para verificar a importância dos pedais na sua sonoridade. Agora, os guitarristas da banda revelam-nos alguns dos seus segredos.
Pedro Sobast
Desde o primeiro pedal até ao último, a minha pedalboard tem vivido em constante mutação; isto porque quem gosta de pedais é um eterno insatisfeito, seja pela necessidade de novos sons, seja pela procura "daquele tone", seja pelo "gear acquisition syndrome". Nisto, o recheio de uma pedalboard anda ao sabor da imaginação até esbarrar no fundo vazio da carteira ou cartão de crédito, se bem que na maior parte das vezes a ordem é inversa e ficamo-nos por ali.
Sem escalpelizar todos os pedais que fazem parte do meu som actualmente, deixo algumas linhas sobre aqueles que certamente levaria para uma ilha deserta... vá, se esta tivesse pelo menos uma tomada com corrente eléctrica!
Red Panda Context:
Melhor pedal de reverb que experimentei até hoje!
Numa altura em que surgiu no mercado uma panóplia de complexos pedais de reverb, foi a simplicidade e personalidade deste que me conquistaram. É um pedal muito versátil, que pode ir desde um reverb mais curto até a quase infinito, tendo como extra (e que extra) o modo de Delay.
Trouxe sem dúvida uma dimensão diferente ao meu som de guitarra e o meu som actualmente passa muito por aqui.
Suhr Riot:
Até aqui, a minha demanda por um pedal de distorção poderia ter o nome de história interminável. Após várias aquisições e experiências, faltavam sempre alguns detalhes, transparência e digamos, a sensibilidade de um canal drive de Amp a válvulas. Queria também um som bem cheio sem ter de puxar muito pelo gain, o Riot consegue-o. Como o seu nome indica, foi um verdadeiro motim no meu som.
Boss DD-500:
"Se o teu post-rock não está a soar bem, mete-lhe mais delay!", li algures... e não querendo levar isto de forma tão literal, o certo que o delay é um efeito indispensável na minha pedalboard.
O álbum "Quidam", e temas mais recentes que temos vindo a compor, levaram-me a explorar diferentes tempos e texturas; aí, o Boss DD-20, que me acompanhava já há algum tempo, começou a ficar curto no que respeita a número de patches programáveis (4) e opções. Gostando bastante dos delays da Boss, em especial do DD-20, continuei fiel à marca e o upgrade foi para o Boss DD-500 (ok, ser mais barato do que o Strymon Timeline e Eventide
TimeFactor também ajudou na escolha) .
É uma máquina incrível e complexa, carregada de possibilidades. No entanto, é muito intuitivo e de fácil utilização, como eu gosto. Aí o display gráfico destaca-se por facilitar bastante a edição dos efeitos, conseguindo-se ser muito preciso nos diversos parâmetros.
De momento uso apenas os modos mais clássicos, como Standard, Analog, Vintage e Tape, mas para o novo disco espero explorar mais outro tipo de sons, como o Reverse, Slow Attack, Tera Echo etc etc…
É daqueles pedais que posso estar um mês seguido a trabalhar com ele, que ainda assim não vou conseguir explorar tudo o que ele tem pra dar.
Electro Harmonix Micro Pog:
O Micro Pog é um pedal de oitavas polifónico que uso para criar timbres, diferentes em determinadas partes de algumas músicas. De salientar o tracking muito preciso do pedal, em comparação com outros do género.
De resto, imaginem que o som principal da minha guitarra é vermelho. O Micro Pog, além do vermelho, faz ainda o laranja e o roxo.
Restantes pedais:
Pedal de volume Ernie Ball VP JR.
Mr.Ron FX true bypass looper
MXR Custom Audio Electronics boost/overdrive
Boss PH-2 Super Phaser
Electro Harmonix Holy Grail reverb
T-Rex Tremster
Digitech Jamman Stereo
Afinador Ibanez LU-10
Sem escalpelizar todos os pedais que fazem parte do meu som actualmente, deixo algumas linhas sobre aqueles que certamente levaria para uma ilha deserta... vá, se esta tivesse pelo menos uma tomada com corrente eléctrica!
Red Panda Context:
Melhor pedal de reverb que experimentei até hoje!
Numa altura em que surgiu no mercado uma panóplia de complexos pedais de reverb, foi a simplicidade e personalidade deste que me conquistaram. É um pedal muito versátil, que pode ir desde um reverb mais curto até a quase infinito, tendo como extra (e que extra) o modo de Delay.
Trouxe sem dúvida uma dimensão diferente ao meu som de guitarra e o meu som actualmente passa muito por aqui.
Suhr Riot:
Até aqui, a minha demanda por um pedal de distorção poderia ter o nome de história interminável. Após várias aquisições e experiências, faltavam sempre alguns detalhes, transparência e digamos, a sensibilidade de um canal drive de Amp a válvulas. Queria também um som bem cheio sem ter de puxar muito pelo gain, o Riot consegue-o. Como o seu nome indica, foi um verdadeiro motim no meu som.
Boss DD-500:
"Se o teu post-rock não está a soar bem, mete-lhe mais delay!", li algures... e não querendo levar isto de forma tão literal, o certo que o delay é um efeito indispensável na minha pedalboard.
O álbum "Quidam", e temas mais recentes que temos vindo a compor, levaram-me a explorar diferentes tempos e texturas; aí, o Boss DD-20, que me acompanhava já há algum tempo, começou a ficar curto no que respeita a número de patches programáveis (4) e opções. Gostando bastante dos delays da Boss, em especial do DD-20, continuei fiel à marca e o upgrade foi para o Boss DD-500 (ok, ser mais barato do que o Strymon Timeline e Eventide
TimeFactor também ajudou na escolha) .
É uma máquina incrível e complexa, carregada de possibilidades. No entanto, é muito intuitivo e de fácil utilização, como eu gosto. Aí o display gráfico destaca-se por facilitar bastante a edição dos efeitos, conseguindo-se ser muito preciso nos diversos parâmetros.
De momento uso apenas os modos mais clássicos, como Standard, Analog, Vintage e Tape, mas para o novo disco espero explorar mais outro tipo de sons, como o Reverse, Slow Attack, Tera Echo etc etc…
É daqueles pedais que posso estar um mês seguido a trabalhar com ele, que ainda assim não vou conseguir explorar tudo o que ele tem pra dar.
Electro Harmonix Micro Pog:
O Micro Pog é um pedal de oitavas polifónico que uso para criar timbres, diferentes em determinadas partes de algumas músicas. De salientar o tracking muito preciso do pedal, em comparação com outros do género.
De resto, imaginem que o som principal da minha guitarra é vermelho. O Micro Pog, além do vermelho, faz ainda o laranja e o roxo.
Restantes pedais:
Pedal de volume Ernie Ball VP JR.
Mr.Ron FX true bypass looper
MXR Custom Audio Electronics boost/overdrive
Boss PH-2 Super Phaser
Electro Harmonix Holy Grail reverb
T-Rex Tremster
Digitech Jamman Stereo
Afinador Ibanez LU-10
Filipe Ferreira
Pedal Volume Boss FV-50:
Um pedal obrigatório na pedalboard de qualquer guitarrista, pois não serve apenas para volume, mas também para fazer "swells" e para cortares o som quando queres afinar.
Fender FootSwitch:
Como uso os canais do amplificador (Fender Hot Rod Deville) uso este pedal para alternar entre o som "limpo" e o "drive", podendo algumas vezes usar mesmo a distorção mais pesada que o amp tem, "More Drive".
Hardwire CM-2 Tube Overdrive:
Uso este pedal juntamente com o canal "crunch" do amp, esta é a minha distorção principal, tem um som bastante "dark" e intenso, uso esta distorção em todas as partes mais pesadas das músicas, tem um bom equilíbrio entre os médios e graves.
Afinador:
Apenas um afinador normal, gosto dele apenas por ter as luzes bastante brilhantes e ser bem visível em palcos mais escuros.
Danelectro Fabtone:
Tem uma distorção mais densa e carregada, uso este pedal quando quero acentuar uma passagem ou um "solo" mais pronunciado, faz sobressair os médios/agudos em distorção e no som que uso quase que soa a um fuzz, mas pode ser equalizado até à loucura sonora.
Line 6 DL4:
Não há muito mais a dizer deste pedal, já conhecido de todos, um pedal bastante versátil com um som fabuloso, além dos delays podes sempre "brincar" com o fantástico looper. Uso bastante para criar dimensão nas músicas e acentuar partes mais calmas, tem a grande vantagem de se poder guardar 3 efeitos e tem tap tempo.
Electro Harmonix Holystain:
Este pedal da EHX é uma caixa de surpresas, consegues ter reverb (que é basicamente para isso que o uso) tremolo, pitch, além de conseguires adicionar fuzz. Muito parametrizável e bastante amplo a nível de pedal, este está descontinuado, mas continuo a gostar bastante dele e não existem muitos a fazer tudo o que este faz. Uso essencialmente para criar ambientes e posso com o deslizar da intensidade do knob mix/amount criar mais ou menos densidade sonora.
Fab Flanger:
Um flanger básico, que já não uso muito.
Line 6 M13:
Esta foi a minha ultima aquisição e, como precisava de explorar mais sons, este pedal é o verdadeiro canivete suíço para um guitarrista, consegues ter a qualidade/som dos pedais analógicos sem ficares "preso" a um só som/parâmetro, tens tudo desde afinadores a distorções, pitch, reverbs e delays... Ideal para criar, explorar e misturar com outros pedais específicos.
Um pedal obrigatório na pedalboard de qualquer guitarrista, pois não serve apenas para volume, mas também para fazer "swells" e para cortares o som quando queres afinar.
Fender FootSwitch:
Como uso os canais do amplificador (Fender Hot Rod Deville) uso este pedal para alternar entre o som "limpo" e o "drive", podendo algumas vezes usar mesmo a distorção mais pesada que o amp tem, "More Drive".
Hardwire CM-2 Tube Overdrive:
Uso este pedal juntamente com o canal "crunch" do amp, esta é a minha distorção principal, tem um som bastante "dark" e intenso, uso esta distorção em todas as partes mais pesadas das músicas, tem um bom equilíbrio entre os médios e graves.
Afinador:
Apenas um afinador normal, gosto dele apenas por ter as luzes bastante brilhantes e ser bem visível em palcos mais escuros.
Danelectro Fabtone:
Tem uma distorção mais densa e carregada, uso este pedal quando quero acentuar uma passagem ou um "solo" mais pronunciado, faz sobressair os médios/agudos em distorção e no som que uso quase que soa a um fuzz, mas pode ser equalizado até à loucura sonora.
Line 6 DL4:
Não há muito mais a dizer deste pedal, já conhecido de todos, um pedal bastante versátil com um som fabuloso, além dos delays podes sempre "brincar" com o fantástico looper. Uso bastante para criar dimensão nas músicas e acentuar partes mais calmas, tem a grande vantagem de se poder guardar 3 efeitos e tem tap tempo.
Electro Harmonix Holystain:
Este pedal da EHX é uma caixa de surpresas, consegues ter reverb (que é basicamente para isso que o uso) tremolo, pitch, além de conseguires adicionar fuzz. Muito parametrizável e bastante amplo a nível de pedal, este está descontinuado, mas continuo a gostar bastante dele e não existem muitos a fazer tudo o que este faz. Uso essencialmente para criar ambientes e posso com o deslizar da intensidade do knob mix/amount criar mais ou menos densidade sonora.
Fab Flanger:
Um flanger básico, que já não uso muito.
Line 6 M13:
Esta foi a minha ultima aquisição e, como precisava de explorar mais sons, este pedal é o verdadeiro canivete suíço para um guitarrista, consegues ter a qualidade/som dos pedais analógicos sem ficares "preso" a um só som/parâmetro, tens tudo desde afinadores a distorções, pitch, reverbs e delays... Ideal para criar, explorar e misturar com outros pedais específicos.