Nenhuma banda de stoner está completa sem um bom fuzz.
Como amigos, a ideia de banda começou por explorar a nossa vontade por aprender mais sobre o que gostávamos de ouvir e depois disso uma procura colectiva por captar o melhor som que surgia entre nós. Fomos aprendendo em grupo as formas e manias de fazer isto e aquilo, para chegar ao que ouvíamos entre nós e com isso, na parte que me toca, vieram alguns pedais que ficaram e outros que ainda estão guardados. É à medida que vais fazendo coisas diferentes que podes precisar de coisas diferentes. E é aí que entramos no jogo perigosamente satisfatório de encontrar aquele “brinquedo” com aquele sweet spot que faz a diferença. Em plena era Internet, basta visitar o YouTube e pelo menos já conseguimos saber como soam minimamente as funções de algo que esteja no nosso radar, coisa muito mais difícil em 2004 talvez, o que não deixava de trazer um sentimento de expectativa e surpresa mais difícil de encontrar hoje em dia. O desconhecido é substituído por nerdice e não há nada de errado nisso. Tempos modernos.
Mas indo ao que interessa: Queria moldar um som forte mas não necessariamente agressivo, com possibilidade de criar dinâmicas, o que inicialmente me levou a delays e mais tarde me levou a phasers, overdrives, fuzzes e a meses sem dinheiro.
Mas indo ao que interessa: Queria moldar um som forte mas não necessariamente agressivo, com possibilidade de criar dinâmicas, o que inicialmente me levou a delays e mais tarde me levou a phasers, overdrives, fuzzes e a meses sem dinheiro.
Behringer TU300
Provavelmente o “pior pedal de afinação”. Mas com uma durabilidade impressionante para o preço. De 2 em 2 meses penso em comprar um afinador que seja menos inconstante na única função que lhe é pedida e que não tenha um led que cegue quem o tenta utilizar mas regra geral terá que avariar até que seja substituído.
Dunlop 95Q
O único wah que comprei já começa a dar sinais de fadiga. Tem um sistema pouco habitual onde não é necessário carregar no switch para o ligar. Existe um switch que o mantém desligado quando na sua posição de descanso e mal o pedal é pressionado, o wah desperta.
Inicialmente essa sistema despertou-me a atenção (ou a preguiça levou a melhor de mim), hoje é esse mesmo sistema que tende a ser remediado de forma artesanal para que a folga que ganhou não o deixe sempre ligado. First world problems.
Tem um som muito natural, sobretudo em distorção valvulada e juntamente com um delay e com a sua função de aumento de dB’s é capaz de adicionar o extra kick necessário para determinados momentos.
Boss DD-7
O Digital Delay da Boss era aquele pedal fácil demais de encontrar há uns anos atrás para quem procurava um delay. Iam variando os modelos e as funções que cada um trazia. Felizmente foram-se introduzindo por cá algumas marcas como a Electro Harmonix de perfomances muito próprias e interessantes. Mas é difícil virar costas a determinados Boss. Para além da sua função stereo capaz de criar maravilhas mas que nos obriga a estourar dinheiro em mais uma coluna, traz os modos reverse, analog e modulate. Estes dois últimos têm tons muito próprios mas limitados em constância e velocidade de repetição e, quanto ao primeiro, estou proibido de brincar com ele. O que me levou a este delay foi o facto de na altura só haver este disponível. Ficaria igualmente bem servido com uma outra versão dos DD da Boss. Mas foram opções como expansão de tempo até 6 segundos e o modo Hold que acabariam por me convencer. Juntamente com determinados pedais da cadeia, dou-lhe bastante uso para criar mais thickness no tom geral, crescendos ou pequenas trips under the influence. É nesses momentos que toda a gente odeia um delay menos tu.
Danelectro Chilli Dog
Ponto número 1 – este Octave não é meu. É o típico caso furtuito que acrescentas algo na cadeia e descobres novas vidas em momentos que julgavas conhecidos. Haverão melhores? Não tenho dúvidas disso. Mas pelo preço que o nosso Tiago Rocha pagou por ele não estou em posição de me queixar.
MXR Phase 90
Acho que a primeira vez que ouvi um phaser capaz de me prender a atenção, provavelmente pela simplicidade, crueza e balanço, daqueles momentos em que subimos o volume e parece soar melhor, foi através da “Blue Tile Fever” dos Fu Manchu.
Este MXR quando na cadeia principal tem a vantagem/desvantagem de subir o volume do som geral. No FX loop absorve o tom. Mesmo com os seus tiques de volume, tornou-se um forte aliado dos fortes gains e uma surpresa quando alterámos a velocidade de oscilação para determinados momentos. É tao versátil consoante o volume que lhe é induzido que chega a ocupar papéis principais na cadeia.
Dunlop Fuzz Face
Possivelmente o crème de la crème desta cadeia. Este é um caso longo e complicado. Muito antes de literalmente tropeçar num anúncio de um Fuzz Face usado, conheci OD’s e DS’s da Boss mas faltava ali qualquer coisa. O mais constante chegou a ser um Deucetone Rat, que trazia 6 modelos Rat capazes de overdrives incríveis e até com um modo que possibilitava dois ligados em simultâneo. Mas para além das possibilidades infinitas, o som tornava-se pouco natural para o que era pretendido. Apresentaram-me o Zvex Mastotron e algo fez clique. Não foi suficiente.
Mas quando fui reconhecendo o som de alguns Fuzz Face aqui e ali, as nuances, a distorção da corda à distância de um aumento de volume da guitarra e através de um amp valvulado, foi difícil não adoptá-lo. Tudo ficou mais limpo, natural, mas carregado de distorção nítida, cremosa até e possivelmente mais eficaz que os anteriores nas afinações mais graves. Mas como com grandes poderes vêm grandes responsabilidades(?): O pedal é enorme, a única alimentação possível é uma pilha de 9v que vai desgastando e automaticamente alterando o tom e setting inicial e em determinados tons limita os acordes na guitarra. Até hoje tem contribuído mais e melhor que muitos e no fundo é tudo personalidade própria de um pedal em especial. Pessoalmente respeito o desafio constante que me aproxima das condições ideias para mais um riff. Ou pelo menos não deixa de ser um tom mais distante do que já foi experimentado antes.
Provavelmente o “pior pedal de afinação”. Mas com uma durabilidade impressionante para o preço. De 2 em 2 meses penso em comprar um afinador que seja menos inconstante na única função que lhe é pedida e que não tenha um led que cegue quem o tenta utilizar mas regra geral terá que avariar até que seja substituído.
Dunlop 95Q
O único wah que comprei já começa a dar sinais de fadiga. Tem um sistema pouco habitual onde não é necessário carregar no switch para o ligar. Existe um switch que o mantém desligado quando na sua posição de descanso e mal o pedal é pressionado, o wah desperta.
Inicialmente essa sistema despertou-me a atenção (ou a preguiça levou a melhor de mim), hoje é esse mesmo sistema que tende a ser remediado de forma artesanal para que a folga que ganhou não o deixe sempre ligado. First world problems.
Tem um som muito natural, sobretudo em distorção valvulada e juntamente com um delay e com a sua função de aumento de dB’s é capaz de adicionar o extra kick necessário para determinados momentos.
Boss DD-7
O Digital Delay da Boss era aquele pedal fácil demais de encontrar há uns anos atrás para quem procurava um delay. Iam variando os modelos e as funções que cada um trazia. Felizmente foram-se introduzindo por cá algumas marcas como a Electro Harmonix de perfomances muito próprias e interessantes. Mas é difícil virar costas a determinados Boss. Para além da sua função stereo capaz de criar maravilhas mas que nos obriga a estourar dinheiro em mais uma coluna, traz os modos reverse, analog e modulate. Estes dois últimos têm tons muito próprios mas limitados em constância e velocidade de repetição e, quanto ao primeiro, estou proibido de brincar com ele. O que me levou a este delay foi o facto de na altura só haver este disponível. Ficaria igualmente bem servido com uma outra versão dos DD da Boss. Mas foram opções como expansão de tempo até 6 segundos e o modo Hold que acabariam por me convencer. Juntamente com determinados pedais da cadeia, dou-lhe bastante uso para criar mais thickness no tom geral, crescendos ou pequenas trips under the influence. É nesses momentos que toda a gente odeia um delay menos tu.
Danelectro Chilli Dog
Ponto número 1 – este Octave não é meu. É o típico caso furtuito que acrescentas algo na cadeia e descobres novas vidas em momentos que julgavas conhecidos. Haverão melhores? Não tenho dúvidas disso. Mas pelo preço que o nosso Tiago Rocha pagou por ele não estou em posição de me queixar.
MXR Phase 90
Acho que a primeira vez que ouvi um phaser capaz de me prender a atenção, provavelmente pela simplicidade, crueza e balanço, daqueles momentos em que subimos o volume e parece soar melhor, foi através da “Blue Tile Fever” dos Fu Manchu.
Este MXR quando na cadeia principal tem a vantagem/desvantagem de subir o volume do som geral. No FX loop absorve o tom. Mesmo com os seus tiques de volume, tornou-se um forte aliado dos fortes gains e uma surpresa quando alterámos a velocidade de oscilação para determinados momentos. É tao versátil consoante o volume que lhe é induzido que chega a ocupar papéis principais na cadeia.
Dunlop Fuzz Face
Possivelmente o crème de la crème desta cadeia. Este é um caso longo e complicado. Muito antes de literalmente tropeçar num anúncio de um Fuzz Face usado, conheci OD’s e DS’s da Boss mas faltava ali qualquer coisa. O mais constante chegou a ser um Deucetone Rat, que trazia 6 modelos Rat capazes de overdrives incríveis e até com um modo que possibilitava dois ligados em simultâneo. Mas para além das possibilidades infinitas, o som tornava-se pouco natural para o que era pretendido. Apresentaram-me o Zvex Mastotron e algo fez clique. Não foi suficiente.
Mas quando fui reconhecendo o som de alguns Fuzz Face aqui e ali, as nuances, a distorção da corda à distância de um aumento de volume da guitarra e através de um amp valvulado, foi difícil não adoptá-lo. Tudo ficou mais limpo, natural, mas carregado de distorção nítida, cremosa até e possivelmente mais eficaz que os anteriores nas afinações mais graves. Mas como com grandes poderes vêm grandes responsabilidades(?): O pedal é enorme, a única alimentação possível é uma pilha de 9v que vai desgastando e automaticamente alterando o tom e setting inicial e em determinados tons limita os acordes na guitarra. Até hoje tem contribuído mais e melhor que muitos e no fundo é tudo personalidade própria de um pedal em especial. Pessoalmente respeito o desafio constante que me aproxima das condições ideias para mais um riff. Ou pelo menos não deixa de ser um tom mais distante do que já foi experimentado antes.