Um festival focado na união entre vários estilos.
Como tudo começou?
Tudo começou desde os meus primeiros concertos locais, sentia que havia uma grande lacuna. Sempre gostei de música dos mais variados estilos musicais e sentia que as pessoas só iam a determinado estilo. Punks nos concertos Punk, HC no Hardcore, pessoal do rock nos de Rock, e a malta do Metal em todos... e obviamente nos deles.
Com isto, e sendo Castelo Branco um meio pequeno, criei o United Fest com esse sentido romântico, convicto que se juntasse toda a gente na mesma sala iria ser um ambiente muito melhor, celebrando assim o respeito e a diversidade entre as várias ramificações do underground. Porque se não estivermos unidos, não vamos a lado nenhum!
Como foi feita a escolha do espaço?
A pouco e pouco CB perdeu praticamente todos os espaços disponíveis para concertos, os poucos que sobraram não tinham condições para este tipo de eventos (e continuam a não ter). Lembrei-me de ir ver um piso -1 de uma discoteca que na altura estava fechado. É uma antiga sala de jogos e danceteria, com uma pista de bowling desativada. Organicamente a sala funcionava, improvisou-se um palco de cima da pista de bowling, fez-se uns arranjos para a ocasião e siga! De evento para evento vamos melhorando, podendo mesmo dizer-se que fizemos “um milagre” naquilo que ao início nos parecia um caso perdido. Mas é como diz o ditado: “Quem não tem cão, caça com gato”.
E a escolha da data?
O United acontece sempre no dia dos namorados ou no fim de semana mais próximo. Em primeiro lugar porque normalmente nesse dia é só Kizomba e música romântica, e sendo um dia de celebração, acho que foi pertinente e caricato haver uma contra-cultura a respeito dos padrões musicais desse dia. Em segundo lugar porque é uma data que não entra em conflito com nenhum outro festival underground, o que faz com que haja mais uma alternativa no mês de fevereiro para quem quer algo bom e diferente.
Quais são as linhas orientadoras do festival?
A orientação com que o Festival nasceu é a mesma de hoje em dia. Independentemente do número de bandas por edição, até hoje nunca houve duas bandas que tocassem no mesmo dia que tivessem a mesma sonoridade. Este ano contamos com 8 bandas, 8 estilos diferentes e o mais impressionante é que não causam conflito, antes pelo contrário! Há também o cuidado de não repetir bandas. O movimento underground português é enorme e super rico em bandas, não há necessidade de se repetir sempre as mesmas por melhor que sejam. Há que dar oportunidade aos que são menos visíveis, e claro está o espaço merecido às bandas que já cá andam há muito tempo e com provas dadas. Nunca se repetiu uma banda em todo o festival e se acontecer, será por um bom motivo!
Momento de maior orgulho?
O abrir a porta a cada edição e ver a malta curtir géneros musicais que se não fosse da ocasião, não aconteceria... Desmistificar os mitos dos vários estilos e ver a união.
Constatar que a única diferença que há, às vezes está só na nossa cabeça e que há sempre espaço para gostar de mais um estilo musical.
Planos para o futuro?
A new day, a new start. Um passo de cada vez. Espero que o United aconteça, não porque tem de acontecer obrigatoriamente para manter a tradição, mas sim por haver vontade para que haja!
Trabalhamos de uma forma independente e 100% underground, sem qualquer tipo de apoios, numa cidade onde ainda é difícil sair do rebanho. O Festival é autossustentável e sem fins lucrativos. Felizmente nunca houve prejuízo, tem-se feito sempre tudo com pés e cabeça. Apesar de ser um festival pequeno, trabalhamos com o que temos, não damos passos maiores que as pernas, mais vale que seja de pequena dimensão e sustentável do que de grande e que dê prejuízo.
Em todas as edições apoiamos causas e estilos de vida alternativos. Em paralelo com os concertos, há exposições de arte, body piercing, workshops e pintura... Trazemos cultura e mostramos novos projetos que de outra forma não nos viriam visitar. Toda a oferta é genuína e aberta a todos os que quiserem apoiar e ajudar. Trabalhamos com a certeza que enquanto houver caminho, vamos percorrê-lo!
Tudo começou desde os meus primeiros concertos locais, sentia que havia uma grande lacuna. Sempre gostei de música dos mais variados estilos musicais e sentia que as pessoas só iam a determinado estilo. Punks nos concertos Punk, HC no Hardcore, pessoal do rock nos de Rock, e a malta do Metal em todos... e obviamente nos deles.
Com isto, e sendo Castelo Branco um meio pequeno, criei o United Fest com esse sentido romântico, convicto que se juntasse toda a gente na mesma sala iria ser um ambiente muito melhor, celebrando assim o respeito e a diversidade entre as várias ramificações do underground. Porque se não estivermos unidos, não vamos a lado nenhum!
Como foi feita a escolha do espaço?
A pouco e pouco CB perdeu praticamente todos os espaços disponíveis para concertos, os poucos que sobraram não tinham condições para este tipo de eventos (e continuam a não ter). Lembrei-me de ir ver um piso -1 de uma discoteca que na altura estava fechado. É uma antiga sala de jogos e danceteria, com uma pista de bowling desativada. Organicamente a sala funcionava, improvisou-se um palco de cima da pista de bowling, fez-se uns arranjos para a ocasião e siga! De evento para evento vamos melhorando, podendo mesmo dizer-se que fizemos “um milagre” naquilo que ao início nos parecia um caso perdido. Mas é como diz o ditado: “Quem não tem cão, caça com gato”.
E a escolha da data?
O United acontece sempre no dia dos namorados ou no fim de semana mais próximo. Em primeiro lugar porque normalmente nesse dia é só Kizomba e música romântica, e sendo um dia de celebração, acho que foi pertinente e caricato haver uma contra-cultura a respeito dos padrões musicais desse dia. Em segundo lugar porque é uma data que não entra em conflito com nenhum outro festival underground, o que faz com que haja mais uma alternativa no mês de fevereiro para quem quer algo bom e diferente.
Quais são as linhas orientadoras do festival?
A orientação com que o Festival nasceu é a mesma de hoje em dia. Independentemente do número de bandas por edição, até hoje nunca houve duas bandas que tocassem no mesmo dia que tivessem a mesma sonoridade. Este ano contamos com 8 bandas, 8 estilos diferentes e o mais impressionante é que não causam conflito, antes pelo contrário! Há também o cuidado de não repetir bandas. O movimento underground português é enorme e super rico em bandas, não há necessidade de se repetir sempre as mesmas por melhor que sejam. Há que dar oportunidade aos que são menos visíveis, e claro está o espaço merecido às bandas que já cá andam há muito tempo e com provas dadas. Nunca se repetiu uma banda em todo o festival e se acontecer, será por um bom motivo!
Momento de maior orgulho?
O abrir a porta a cada edição e ver a malta curtir géneros musicais que se não fosse da ocasião, não aconteceria... Desmistificar os mitos dos vários estilos e ver a união.
Constatar que a única diferença que há, às vezes está só na nossa cabeça e que há sempre espaço para gostar de mais um estilo musical.
Planos para o futuro?
A new day, a new start. Um passo de cada vez. Espero que o United aconteça, não porque tem de acontecer obrigatoriamente para manter a tradição, mas sim por haver vontade para que haja!
Trabalhamos de uma forma independente e 100% underground, sem qualquer tipo de apoios, numa cidade onde ainda é difícil sair do rebanho. O Festival é autossustentável e sem fins lucrativos. Felizmente nunca houve prejuízo, tem-se feito sempre tudo com pés e cabeça. Apesar de ser um festival pequeno, trabalhamos com o que temos, não damos passos maiores que as pernas, mais vale que seja de pequena dimensão e sustentável do que de grande e que dê prejuízo.
Em todas as edições apoiamos causas e estilos de vida alternativos. Em paralelo com os concertos, há exposições de arte, body piercing, workshops e pintura... Trazemos cultura e mostramos novos projetos que de outra forma não nos viriam visitar. Toda a oferta é genuína e aberta a todos os que quiserem apoiar e ajudar. Trabalhamos com a certeza que enquanto houver caminho, vamos percorrê-lo!