Porque também há festivais no Algarve.
1. Como tudo começou?
Embora o Faro Alternativo seja actualmente uma iniciativa organizada pela Out of Sight Crew ele remota a 2006 sob a tutela da extinta I CAN C U. Na altura sentiu-se a necessidade de se organizar um festival anual dentro do meio “alternativo” com condições acima das habituais nos bares e salas de espectáculo algarvias. Investiu-se em equipamento de som e luz, publicidade, logística, etc. O 1º teste foi positivo e decidimos dar continuidade todos os anos na mesma altura (início de Outubro). Agora, através da OSC, estamos mais direccionados para o meio punk/hardcore, sendo que abrangemos outras sonoridades não muito distantes como o rock, o metal, etc. Em 2009 a I CAN C U cessa funções e o festival entra num hiato indefinido. Em 2015, e após cerca de 6 anos de inactividade, a OSC decidiu pegar nesta iniciativa e dar-lhe uma nova dinâmica. Esperemos que seja para manter por muitos anos.
2. Como foi feita a escolha do espaço?
Simples. O festival teria de ser em casa (Faro) e, sendo em casa, teria de ser na “nossa casa”, a Associação RC Músicos.
É a nossa zona de conforto tendo em conta que passamos lá grande parte do tempo. Temos bandas lá, muitos amigos e acima de tudo temos todas as condições para conseguir organizar algo de qualidade. A margem de manobra é enorme e temos tudo o que precisamos naquele espaço. A ARCM é aquela sala que nunca falha. A acústica é boa, conseguimos ter bastante diversidade de espaço para ter tudo ao dispor do nosso público (palco, merchandise, bar, etc) e as coisas correm de forma bastante pacífica pois assumimos total controlo na organização do festival. Logo, dependemos apenas de nós para que corra tudo na perfeição. E julgo que assim tem sido ao longo destas 6 edições.
3. E a escolha da data?
Tal como mencionei mais acima, a data manteve-se sempre no 1º fim-de-semana de Outubro.
Achamos que é uma boa altura pois terminam as férias, começam as aulas e tentamos não coincidir com grande parte dos festivais de Verão (e não só) que por aí andam. Não queremos atropelar ninguém pois o ano tem cerca de 48 fins-de-semana e dá para se fazer tudo com calma. Apenas queremos o nosso “lugar no mapa” e fazer as coisas da melhor forma possível para que “dê para todos”.
4. Quais são as linhas orientadoras do festival?
A principal linha é apoiar a cena nacional e tentar agarrar não só alguns bons cabeças-de-cartaz como também apoiar os projectos locais que emergem de ano para ano e que podem, através do festival, subir mais 1 ou 2 degraus. Gostamos de fazer isto com as bandas de malta amiga (e não só) que estejam viradas para o mesmo lado que nós. Não trabalhamos com vedetismos nem com arrogância, apenas com humildade, espírito de sacrifício e muito boa vontade em fazer algo diferente e de qualidade. A OSC organiza shows durante todo o ano mas é no FA que depositamos grande parte da nossa força pois queremos marcar a diferença com esta iniciativa. A escolha de bandas surge bastante naturalmente, acompanhamos a cena local e nacional e estamos sempre atentos às bandas que se mexem e que têm algo para mostrar.
5. Momento de maior orgulho?
O maior orgulho é chegar ao último acorde da última banda de cada dia e ver a casa cheia e tudo a suar pelo corpo. A malta gosta, adere, aparece. Isso é tudo o que queremos, proporcionar bons momentos a quem gosta deste tipo de música.
Mas, acima de tudo, orgulhamo-nos de poder ouvir das bandas participantes um “muito obrigado” e um “até à próxima” pois dessa forma sentimos a sensação de dever cumprido e que fizemos tudo o que tínhamos ao nosso alcance para assim ser. Eleger um único ”momento de maior orgulho” é difícil pois julgo que todos os momentos e todas as bandas fazem parte desse orgulho que sentimos na pele quando damos início à limpeza da sala no fim do festival.
6. Planos para o futuro?
Crescer como temos crescido até aqui. É notório o acréscimo de qualidade nos cartazes de ano para ano. Nem sempre é fácil.
Em Portugal não existe praticamente classe média na música. Tens as bandas dos 50€ e depois parece que tens logo as dos 5.000€ (risos). É difícil fazer um cartaz equilibrado em conformidade com a realidade portuguesa actual no que diz respeito ao factor preço/qualidade. Desde a 1ª edição já conseguimos trazer nomes como The Temple, Bizarra Locomotiva, Devil In Me, For The Glory, HochiminH, Easyway, Sam Alone, Kalashnikov, Trinta&Um, etc. Queremos continuar assim: a crescer, a fazer cada vez mais e melhor e dependemos de toda a gente (um muito obrigado aos nossos apoios/patrocínios) para que consigamos retribuir do modo com que temos feito até aqui, porque nada se constrói sozinho!
Embora o Faro Alternativo seja actualmente uma iniciativa organizada pela Out of Sight Crew ele remota a 2006 sob a tutela da extinta I CAN C U. Na altura sentiu-se a necessidade de se organizar um festival anual dentro do meio “alternativo” com condições acima das habituais nos bares e salas de espectáculo algarvias. Investiu-se em equipamento de som e luz, publicidade, logística, etc. O 1º teste foi positivo e decidimos dar continuidade todos os anos na mesma altura (início de Outubro). Agora, através da OSC, estamos mais direccionados para o meio punk/hardcore, sendo que abrangemos outras sonoridades não muito distantes como o rock, o metal, etc. Em 2009 a I CAN C U cessa funções e o festival entra num hiato indefinido. Em 2015, e após cerca de 6 anos de inactividade, a OSC decidiu pegar nesta iniciativa e dar-lhe uma nova dinâmica. Esperemos que seja para manter por muitos anos.
2. Como foi feita a escolha do espaço?
Simples. O festival teria de ser em casa (Faro) e, sendo em casa, teria de ser na “nossa casa”, a Associação RC Músicos.
É a nossa zona de conforto tendo em conta que passamos lá grande parte do tempo. Temos bandas lá, muitos amigos e acima de tudo temos todas as condições para conseguir organizar algo de qualidade. A margem de manobra é enorme e temos tudo o que precisamos naquele espaço. A ARCM é aquela sala que nunca falha. A acústica é boa, conseguimos ter bastante diversidade de espaço para ter tudo ao dispor do nosso público (palco, merchandise, bar, etc) e as coisas correm de forma bastante pacífica pois assumimos total controlo na organização do festival. Logo, dependemos apenas de nós para que corra tudo na perfeição. E julgo que assim tem sido ao longo destas 6 edições.
3. E a escolha da data?
Tal como mencionei mais acima, a data manteve-se sempre no 1º fim-de-semana de Outubro.
Achamos que é uma boa altura pois terminam as férias, começam as aulas e tentamos não coincidir com grande parte dos festivais de Verão (e não só) que por aí andam. Não queremos atropelar ninguém pois o ano tem cerca de 48 fins-de-semana e dá para se fazer tudo com calma. Apenas queremos o nosso “lugar no mapa” e fazer as coisas da melhor forma possível para que “dê para todos”.
4. Quais são as linhas orientadoras do festival?
A principal linha é apoiar a cena nacional e tentar agarrar não só alguns bons cabeças-de-cartaz como também apoiar os projectos locais que emergem de ano para ano e que podem, através do festival, subir mais 1 ou 2 degraus. Gostamos de fazer isto com as bandas de malta amiga (e não só) que estejam viradas para o mesmo lado que nós. Não trabalhamos com vedetismos nem com arrogância, apenas com humildade, espírito de sacrifício e muito boa vontade em fazer algo diferente e de qualidade. A OSC organiza shows durante todo o ano mas é no FA que depositamos grande parte da nossa força pois queremos marcar a diferença com esta iniciativa. A escolha de bandas surge bastante naturalmente, acompanhamos a cena local e nacional e estamos sempre atentos às bandas que se mexem e que têm algo para mostrar.
5. Momento de maior orgulho?
O maior orgulho é chegar ao último acorde da última banda de cada dia e ver a casa cheia e tudo a suar pelo corpo. A malta gosta, adere, aparece. Isso é tudo o que queremos, proporcionar bons momentos a quem gosta deste tipo de música.
Mas, acima de tudo, orgulhamo-nos de poder ouvir das bandas participantes um “muito obrigado” e um “até à próxima” pois dessa forma sentimos a sensação de dever cumprido e que fizemos tudo o que tínhamos ao nosso alcance para assim ser. Eleger um único ”momento de maior orgulho” é difícil pois julgo que todos os momentos e todas as bandas fazem parte desse orgulho que sentimos na pele quando damos início à limpeza da sala no fim do festival.
6. Planos para o futuro?
Crescer como temos crescido até aqui. É notório o acréscimo de qualidade nos cartazes de ano para ano. Nem sempre é fácil.
Em Portugal não existe praticamente classe média na música. Tens as bandas dos 50€ e depois parece que tens logo as dos 5.000€ (risos). É difícil fazer um cartaz equilibrado em conformidade com a realidade portuguesa actual no que diz respeito ao factor preço/qualidade. Desde a 1ª edição já conseguimos trazer nomes como The Temple, Bizarra Locomotiva, Devil In Me, For The Glory, HochiminH, Easyway, Sam Alone, Kalashnikov, Trinta&Um, etc. Queremos continuar assim: a crescer, a fazer cada vez mais e melhor e dependemos de toda a gente (um muito obrigado aos nossos apoios/patrocínios) para que consigamos retribuir do modo com que temos feito até aqui, porque nada se constrói sozinho!