"Muita gente confunde a minha voz com a do mestre Bruce."
Entrevista por: Lisandro Jesus
Entrevista por: Lisandro Jesus
Portuguese Distortion - Boas, Artur, é um privilégio ter-te como convidado para a Portuguese Distortion. Tu há pouco tempo vieste de uma digressão com os Iron Mask, como foi a experiência e qual a sensação de seres frontman de uma banda estrangeira, foi algo a que te ambientaste facilmente?
Artur Almeida - Olá! Antes de mais, muito obrigado pelo convite, é um prazer ser entrevistado por vocês. Quero também aproveitar para vos dar os parabéns pelo excelente trabalho de divulgação que a Portuguese Distortion faz na divulgação das bandas e notícias do heavy metal em Portugal.
Bom… claro que a experiência com os Iron Mask foi fantástica! Foi uma prova de fogo para mim, pois eu sabia que iria substituir o Mark Boals, que é um grande vocalista, e que provavelmente não seria bem visto aos olhos de alguns fãs dos Iron Mask. Mas, quando a tour começou, os fãs de IM vinham ter comigo, dirigiam-se a mim e davam-me os parabéns e diziam que estava a fazer um bom trabalho na banda. O que é que se pode dizer disto? Claro que eu fiquei extremamente contente com este feedback vindo dos fãs. Alguns mais atentos dirigiam-se a mim e diziam que conheciam os Attick Demons, outros sabiam que eu pertencia aos AD mas nunca tinham ouvido, mas disseram que a partir daquele dia iriam ouvir, e constatei que muitos deles chegaram mesmo a ouvir Attick Demons e até me mandaram mensagens depois pelo Facebook a dar-me os parabéns pelos AD, enquanto eu percorria a tour dos IM.
A sensação de ser frontman de uma grande banda como os Iron Mask é ótima! Eles são grandes músicos e faz-me ficar cheio de orgulho estar ali a representar o meu país. Para aqueles que não sabem, apesar de a banda ser belga, o Vassili é russo, o Ramy é alemão e o Dushan belga. O período de ambientação foi muito rápido. Eles foram pessoas que me puseram logo à vontade em tudo, malta 5 estrelas! Na prática, tive dois dias para ensaiar com a banda, e siga para a tour! Foi um concerto a seguir ao outro. Os primeiros dois concertos serviram também para afinar alguns pormenores que não conseguimos ver antes, ao 3º gig já estava tudo na batata, como se costuma dizer.
Foi uma experiência realmente fantástica, mas também bastante cansativa. Dormíamos na estrada, na autocaravana, enquanto percorríamos centenas de quilómetros pela Europa fora rumo ao próximo concerto. Foi também bastante bom conhecer vários tipos de público e as suas diferenças culturais, na forma como recebem as bandas.
Em Outubro regresso novamente à Bélgica para um concerto de Iron Mask com os YeT. Apareçam!
O novo álbum dos Attick Demons está quase aí, depois do sucesso que foi o “Atlantis”. Podes adiantar aos fãs da banda o que esperar do novo trabalho?
Os fãs podem esperar um trabalho bastante diferente. No "Let’s Raise Hell" conseguimos de alguma forma dissipar as nossas influências, sem no entanto desvirtuar a sonoridade característica da banda. Aproveito para adiantar que o “Let’s Raise Hell” irá sair em final de Agosto e acreditem que vai MESMO valer a pena!
Como surgiu o convite para integrares o projeto Marius Danielsen's Legend of Valley Doom, que conta com nomes importantes da cena tais como o de Tim “Ripper Owens” (ex-Judas Priest), Timo Tolkki (ex-Stratovarius), Edu Falaschi (ex-Angra), Mark Boals (Dokken), Chris Caffery (Savatage), Ross the Boss (ex-Manowar), Mike LePond (Symphony X), Alex Holzwarth (Rhapsody of Fire), entre tantos outros.
O Marius entrou em contacto comigo através do Facebook. Disse que me tinha ouvido através de um vídeo do álbum “Atlantis” no YouTube e tinha gostado da minha voz. Entretanto falou no projeto dele (Metal Opera), mas como ainda era no inicio ele contou-me que ainda estava a recrutar mais artistas para participar no álbum e perguntou-me se eu estava interessado em participar num tema. Eu na altura disse que sim, depois falámos nuns pormenores e foi aí que ele me disse que eu seria uma das personagens principais (Arigo, the Wise) nesse álbum concetual. Uns dias mais tarde diz-me que eu iria fazer dueto com o Mark Boals e com ele (Marius). Eu fiquei muito contente por ter sido escolhido para um dueto com o Mr. Mark Boals, claro.
Só mais tarde é que o Marius me voltou a contactar para eu me preparar pois iria cantar em dueto também com o Tim Ripper Owens. Foi nessa altura que percebi que iriam haver muitas mais participações de renome, vendo então que o Marius não estava ali para gravar um trabalho qualquer mas para fazer algo grandioso com muitos nomes sonantes do power metal mundial. Além dos duetos, ainda cantei em algumas faixas que o Marius me pediu para o devido efeito.
Foi uma experiência muito boa para mim, e foi algo que me deu bastante gozo em fazer. A gravação (captação) da minha voz foi toda feita no estúdio “Soundstudio” do meu amigo João Palma que, para além de gravar bandas, também é o técnico de som dos Attick Demons. Ele ajudou-me bastante em tornar isto possível, teve também uma grande paciência para me aturar.
Já no “Atlantis” vocês conseguem participações sonantes como o Paul Di'Anno (primeiro vocalista de Iron Maiden) e Ross the Boss (ex-guitarrista de Manowar), como surgiram esses convites?
Os convites surgiram de uma forma natural. Nós queriamos que o nosso primeiro trabalho discográfico a sério fosse especial, tanto para nós como para os fãs que nos seguiam e lembrámo-nos de convidar dois ícones do heavy metal, que por sinal foram elementos das bandas que mais nos influenciaram.
Há muita malta que consegue por vezes confundir a tua voz com a do Bruce Dickinson e por vezes as comparações são inevitáveis. Um caso que acompanhei recentemente foi o facto de algumas pessoas no Brasil postarem malhas do “Atlantis”, pensando os ouvintes que se tratava de temas do “Book of Souls” de Iron Maiden. É algo que te chateia, ou valoriza ainda mais a qualidade da banda e da tua voz mais propriamente?
Sim, muita gente confunde a minha voz com a do mestre Bruce (apesar de eu achar que a minha voz não seja nada parecida com a dele). Quando eu comecei a cantar nos AD (isto no início) eu ficava bastante chateado com essas comparações nos finais dos concertos. As pessoas vinham ter comigo e diziam “parabéns, muito fixe ah e tal a tua voz é parecida com o...” e eu pensava: “mas que raio tenho eu que fazer para tentar mudar isto!?” É então que, em 2000, quando gravámos o EP “ATTICK DEMONS”, eu pensei “bem, vou tentar mudar a voz para não ouvir mais o nome do Mr. Bruce”. Moral da história... ficou o que ficou, realmente está diferente, e nada tem a ver com o Bruce, mas também nada com a minha voz (ficou pior). Fi-lo talvez por protesto, não sei, não sei o que me passou pela cabeça na altura, mas também na altura os restantes membros apoiaram-me nessa decisão. Falámos muito acerca do EP, e decidimos que o próximo trabalho seria feito naturalmente sem mudar a minha forma de cantar nem o nosso estilo… e assim foi!
Com o tempo, comecei-me a habituar a essas críticas e percebi que são críticas positivas, que mostram que a banda tem boa qualidade (na minha humilde opinião, claro). Se for para ser comparado com alguém, que seja então com um dos melhores vocalistas de heavy metal… isso há de ser bom, não é?
Depois… saiu o “Atlantis”, e já não era só em Portugal mas também na Europa que falavam do nosso heavy metal ser parecido com Iron Maiden e que a voz... vocês já sabem o resto.
Agora recentemente antes dos Iron Maiden lançarem o “Book of Souls” um fã brasileiro de IM colocou por brincadeira num site de fãs um tema nosso com a capa do “Book of Souls” a dizer que era a música nova dos Maiden. Uma das nossas músicas chegou mesmo a passar numa grande rádio brasileira, “KISSFM” onde eles foram também induzidos em erro… claro que já todos perceberam o que aconteceu depois, não é?
Como é que sabemos que o fã era brasileiro? O mesmo entrou em contacto connosco passado uns dias a pedir desculpa e que não imaginava que a brincadeira iria ter um impacto tão grande, e que não fazia ideia que o vídeo que ele criou se iria tornar viral. Apesar de termos lançado um comunicado a dizer que não tinha sido a banda a fazer uma coisa dessas, choveram bastantes críticas. Umas boas, outras más, enfim... o habitual. Como é que fiquei? Chateado novamente com as comparações, mas pronto isso já passou, e olhamos em frente e para o nosso novo trabalho (que está diferente).
Não querendo alongar mais esta história, porque isto daria muita conversa, passou-se comigo na tour com os Iron Mask uma cena bastante engraçada (salvo erro isto passou-se em Bochum, na Alemanha). Depois de já termos atuado, estava eu no nosso espaço (como faziamos sempre) a assinar CDs, etc... Quando sou abordado por um grupo de alemães que me dizem o seguinte: “Olha parabéns, gostei do vosso concerto. Só uma coisa, tu fazes-me lembrar um vocalista que eu conheço…” e eu pensei para mim: “Ai com catano estou lixado para toda a minha vida…”. Eu sorri, com um sorriso um pouco “amarelo”, e perguntei-lhe: “Ai é? Ok, quem?” eu já estava preparado para ouvir... “B...B.Ru...C….” (isto na minha cabeça). E eis que ele responde: “O vocalista dos Attick Demons”. Pensei: “FINALMENTE!!!” [risos]
A sério, fiquei mesmo emocionado com aquilo. Tanto é ficámos os dois numa amena cavaqueira ainda uns bons quartos de hora, onde ele disse que conhecia os Attick Demons, que tinha o álbum “Atlantis”, qual era a música favorita dele, etc, etc. Ele tinha comprado o album diretamente à nossa editora, a Pure Steel. E pronto, fiquei bastante orgulhoso do nosso trabalho nos AD, que de alguma forma, já vai ganhando fãs por esse mundo fora. E claro que isso é um grande orgulho para mim e para nós todos.
Artur Almeida - Olá! Antes de mais, muito obrigado pelo convite, é um prazer ser entrevistado por vocês. Quero também aproveitar para vos dar os parabéns pelo excelente trabalho de divulgação que a Portuguese Distortion faz na divulgação das bandas e notícias do heavy metal em Portugal.
Bom… claro que a experiência com os Iron Mask foi fantástica! Foi uma prova de fogo para mim, pois eu sabia que iria substituir o Mark Boals, que é um grande vocalista, e que provavelmente não seria bem visto aos olhos de alguns fãs dos Iron Mask. Mas, quando a tour começou, os fãs de IM vinham ter comigo, dirigiam-se a mim e davam-me os parabéns e diziam que estava a fazer um bom trabalho na banda. O que é que se pode dizer disto? Claro que eu fiquei extremamente contente com este feedback vindo dos fãs. Alguns mais atentos dirigiam-se a mim e diziam que conheciam os Attick Demons, outros sabiam que eu pertencia aos AD mas nunca tinham ouvido, mas disseram que a partir daquele dia iriam ouvir, e constatei que muitos deles chegaram mesmo a ouvir Attick Demons e até me mandaram mensagens depois pelo Facebook a dar-me os parabéns pelos AD, enquanto eu percorria a tour dos IM.
A sensação de ser frontman de uma grande banda como os Iron Mask é ótima! Eles são grandes músicos e faz-me ficar cheio de orgulho estar ali a representar o meu país. Para aqueles que não sabem, apesar de a banda ser belga, o Vassili é russo, o Ramy é alemão e o Dushan belga. O período de ambientação foi muito rápido. Eles foram pessoas que me puseram logo à vontade em tudo, malta 5 estrelas! Na prática, tive dois dias para ensaiar com a banda, e siga para a tour! Foi um concerto a seguir ao outro. Os primeiros dois concertos serviram também para afinar alguns pormenores que não conseguimos ver antes, ao 3º gig já estava tudo na batata, como se costuma dizer.
Foi uma experiência realmente fantástica, mas também bastante cansativa. Dormíamos na estrada, na autocaravana, enquanto percorríamos centenas de quilómetros pela Europa fora rumo ao próximo concerto. Foi também bastante bom conhecer vários tipos de público e as suas diferenças culturais, na forma como recebem as bandas.
Em Outubro regresso novamente à Bélgica para um concerto de Iron Mask com os YeT. Apareçam!
O novo álbum dos Attick Demons está quase aí, depois do sucesso que foi o “Atlantis”. Podes adiantar aos fãs da banda o que esperar do novo trabalho?
Os fãs podem esperar um trabalho bastante diferente. No "Let’s Raise Hell" conseguimos de alguma forma dissipar as nossas influências, sem no entanto desvirtuar a sonoridade característica da banda. Aproveito para adiantar que o “Let’s Raise Hell” irá sair em final de Agosto e acreditem que vai MESMO valer a pena!
Como surgiu o convite para integrares o projeto Marius Danielsen's Legend of Valley Doom, que conta com nomes importantes da cena tais como o de Tim “Ripper Owens” (ex-Judas Priest), Timo Tolkki (ex-Stratovarius), Edu Falaschi (ex-Angra), Mark Boals (Dokken), Chris Caffery (Savatage), Ross the Boss (ex-Manowar), Mike LePond (Symphony X), Alex Holzwarth (Rhapsody of Fire), entre tantos outros.
O Marius entrou em contacto comigo através do Facebook. Disse que me tinha ouvido através de um vídeo do álbum “Atlantis” no YouTube e tinha gostado da minha voz. Entretanto falou no projeto dele (Metal Opera), mas como ainda era no inicio ele contou-me que ainda estava a recrutar mais artistas para participar no álbum e perguntou-me se eu estava interessado em participar num tema. Eu na altura disse que sim, depois falámos nuns pormenores e foi aí que ele me disse que eu seria uma das personagens principais (Arigo, the Wise) nesse álbum concetual. Uns dias mais tarde diz-me que eu iria fazer dueto com o Mark Boals e com ele (Marius). Eu fiquei muito contente por ter sido escolhido para um dueto com o Mr. Mark Boals, claro.
Só mais tarde é que o Marius me voltou a contactar para eu me preparar pois iria cantar em dueto também com o Tim Ripper Owens. Foi nessa altura que percebi que iriam haver muitas mais participações de renome, vendo então que o Marius não estava ali para gravar um trabalho qualquer mas para fazer algo grandioso com muitos nomes sonantes do power metal mundial. Além dos duetos, ainda cantei em algumas faixas que o Marius me pediu para o devido efeito.
Foi uma experiência muito boa para mim, e foi algo que me deu bastante gozo em fazer. A gravação (captação) da minha voz foi toda feita no estúdio “Soundstudio” do meu amigo João Palma que, para além de gravar bandas, também é o técnico de som dos Attick Demons. Ele ajudou-me bastante em tornar isto possível, teve também uma grande paciência para me aturar.
Já no “Atlantis” vocês conseguem participações sonantes como o Paul Di'Anno (primeiro vocalista de Iron Maiden) e Ross the Boss (ex-guitarrista de Manowar), como surgiram esses convites?
Os convites surgiram de uma forma natural. Nós queriamos que o nosso primeiro trabalho discográfico a sério fosse especial, tanto para nós como para os fãs que nos seguiam e lembrámo-nos de convidar dois ícones do heavy metal, que por sinal foram elementos das bandas que mais nos influenciaram.
Há muita malta que consegue por vezes confundir a tua voz com a do Bruce Dickinson e por vezes as comparações são inevitáveis. Um caso que acompanhei recentemente foi o facto de algumas pessoas no Brasil postarem malhas do “Atlantis”, pensando os ouvintes que se tratava de temas do “Book of Souls” de Iron Maiden. É algo que te chateia, ou valoriza ainda mais a qualidade da banda e da tua voz mais propriamente?
Sim, muita gente confunde a minha voz com a do mestre Bruce (apesar de eu achar que a minha voz não seja nada parecida com a dele). Quando eu comecei a cantar nos AD (isto no início) eu ficava bastante chateado com essas comparações nos finais dos concertos. As pessoas vinham ter comigo e diziam “parabéns, muito fixe ah e tal a tua voz é parecida com o...” e eu pensava: “mas que raio tenho eu que fazer para tentar mudar isto!?” É então que, em 2000, quando gravámos o EP “ATTICK DEMONS”, eu pensei “bem, vou tentar mudar a voz para não ouvir mais o nome do Mr. Bruce”. Moral da história... ficou o que ficou, realmente está diferente, e nada tem a ver com o Bruce, mas também nada com a minha voz (ficou pior). Fi-lo talvez por protesto, não sei, não sei o que me passou pela cabeça na altura, mas também na altura os restantes membros apoiaram-me nessa decisão. Falámos muito acerca do EP, e decidimos que o próximo trabalho seria feito naturalmente sem mudar a minha forma de cantar nem o nosso estilo… e assim foi!
Com o tempo, comecei-me a habituar a essas críticas e percebi que são críticas positivas, que mostram que a banda tem boa qualidade (na minha humilde opinião, claro). Se for para ser comparado com alguém, que seja então com um dos melhores vocalistas de heavy metal… isso há de ser bom, não é?
Depois… saiu o “Atlantis”, e já não era só em Portugal mas também na Europa que falavam do nosso heavy metal ser parecido com Iron Maiden e que a voz... vocês já sabem o resto.
Agora recentemente antes dos Iron Maiden lançarem o “Book of Souls” um fã brasileiro de IM colocou por brincadeira num site de fãs um tema nosso com a capa do “Book of Souls” a dizer que era a música nova dos Maiden. Uma das nossas músicas chegou mesmo a passar numa grande rádio brasileira, “KISSFM” onde eles foram também induzidos em erro… claro que já todos perceberam o que aconteceu depois, não é?
Como é que sabemos que o fã era brasileiro? O mesmo entrou em contacto connosco passado uns dias a pedir desculpa e que não imaginava que a brincadeira iria ter um impacto tão grande, e que não fazia ideia que o vídeo que ele criou se iria tornar viral. Apesar de termos lançado um comunicado a dizer que não tinha sido a banda a fazer uma coisa dessas, choveram bastantes críticas. Umas boas, outras más, enfim... o habitual. Como é que fiquei? Chateado novamente com as comparações, mas pronto isso já passou, e olhamos em frente e para o nosso novo trabalho (que está diferente).
Não querendo alongar mais esta história, porque isto daria muita conversa, passou-se comigo na tour com os Iron Mask uma cena bastante engraçada (salvo erro isto passou-se em Bochum, na Alemanha). Depois de já termos atuado, estava eu no nosso espaço (como faziamos sempre) a assinar CDs, etc... Quando sou abordado por um grupo de alemães que me dizem o seguinte: “Olha parabéns, gostei do vosso concerto. Só uma coisa, tu fazes-me lembrar um vocalista que eu conheço…” e eu pensei para mim: “Ai com catano estou lixado para toda a minha vida…”. Eu sorri, com um sorriso um pouco “amarelo”, e perguntei-lhe: “Ai é? Ok, quem?” eu já estava preparado para ouvir... “B...B.Ru...C….” (isto na minha cabeça). E eis que ele responde: “O vocalista dos Attick Demons”. Pensei: “FINALMENTE!!!” [risos]
A sério, fiquei mesmo emocionado com aquilo. Tanto é ficámos os dois numa amena cavaqueira ainda uns bons quartos de hora, onde ele disse que conhecia os Attick Demons, que tinha o álbum “Atlantis”, qual era a música favorita dele, etc, etc. Ele tinha comprado o album diretamente à nossa editora, a Pure Steel. E pronto, fiquei bastante orgulhoso do nosso trabalho nos AD, que de alguma forma, já vai ganhando fãs por esse mundo fora. E claro que isso é um grande orgulho para mim e para nós todos.