"(...) Mas não é só um retrato apurado do mundo em que vivemos; é, também, um apelo ao ouvinte para que se insurja contra isso e faça o que estiver ao seu alcance para transformar a realidade."
Review por: Joana Ribeiro
Review por: Joana Ribeiro
2015 foi o ano escolhido pelos The Royal Blasphemy para nos brindar com o seu álbum de estreia, “Sanatorium: Freedom”, um ambicioso projecto dividido em duas partes: “Sanatorium” caracteriza-se pela sonoridade rock/metal da banda, enquanto “Freedom” oferece uma interpretação acústica dos temas.
Não se pode deixar de referir a função de protesto social com que a banda se comprometeu ao escrever o álbum. Miséria, injustiça, desespero, corrupção e opressão dos mais fracos pelos poderosos, são retratados e criticados ao longo de “Sanatorium: Freedom”, e de forma eficaz, pois durante a audição sente-se exactamente aquilo que os The Royal Blasphemy quiseram imprimir no seu trabalho: a tristeza e revolta com o estado decadente da humanidade, a ausência de esperança e perspectivas de futuro, quase uma certa sensação apocalíptica. Mas não é só um retrato apurado do mundo em que vivemos; é, também, um apelo ao ouvinte para que se insurja contra isso e faça o que estiver ao seu alcance para transformar a realidade.
A banda de metal evidencia, em “Sanatorium”, com os seus riffs pesados e elaborados q.b, alguns elementos metalcore e – impossível não notá-lo, embora não seja grande fã de comparações do género – uma inspiração inteligente e agradavelmente retirada dos Metallica. Um trabalho interessante que contrasta com “Freedom”, caracterizado pelas guitarras acústicas e uma interpretação vocal mais suave e perfeitamente adaptada a este registo.
Destaca-se, em ambas as metades do álbum, a faixa “Injustice”, propensa ao headbang e provavelmente a mais orelhuda do álbum. É verdadeiramente interessante ouvir a dualidade entre os temas e, pessoalmente, agradou-me bastante mais “Freedom”, tendo sido surpreendente o quão bem os temas resultaram em versão acústica.
Para finalizar, não deixem de ouvir este álbum de estreia, que tem tudo para ser o primeiro de muitos sucessos.
Não se pode deixar de referir a função de protesto social com que a banda se comprometeu ao escrever o álbum. Miséria, injustiça, desespero, corrupção e opressão dos mais fracos pelos poderosos, são retratados e criticados ao longo de “Sanatorium: Freedom”, e de forma eficaz, pois durante a audição sente-se exactamente aquilo que os The Royal Blasphemy quiseram imprimir no seu trabalho: a tristeza e revolta com o estado decadente da humanidade, a ausência de esperança e perspectivas de futuro, quase uma certa sensação apocalíptica. Mas não é só um retrato apurado do mundo em que vivemos; é, também, um apelo ao ouvinte para que se insurja contra isso e faça o que estiver ao seu alcance para transformar a realidade.
A banda de metal evidencia, em “Sanatorium”, com os seus riffs pesados e elaborados q.b, alguns elementos metalcore e – impossível não notá-lo, embora não seja grande fã de comparações do género – uma inspiração inteligente e agradavelmente retirada dos Metallica. Um trabalho interessante que contrasta com “Freedom”, caracterizado pelas guitarras acústicas e uma interpretação vocal mais suave e perfeitamente adaptada a este registo.
Destaca-se, em ambas as metades do álbum, a faixa “Injustice”, propensa ao headbang e provavelmente a mais orelhuda do álbum. É verdadeiramente interessante ouvir a dualidade entre os temas e, pessoalmente, agradou-me bastante mais “Freedom”, tendo sido surpreendente o quão bem os temas resultaram em versão acústica.
Para finalizar, não deixem de ouvir este álbum de estreia, que tem tudo para ser o primeiro de muitos sucessos.