Texto: Joana Ribeiro
Fotos: Daniel Sampaio
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“Apostles Of The Eternal Fire” soava a labaredas altas, e embora tenha acabado por se revelar lume brando em algumas partes da noite, finalmente chegava a hora da estreia de The Ominous Circle, banda que anda a causar burburinho muito por culpa do mistério que os envolve. Optam pelo anonimato, aparecendo sempre de cara tapada e envoltos em mantos negros e cabedal – e nesta sua primeira apresentação ao vivo não foi diferente. Sem grandes demoras, iniciaram-se naquilo que tinham ido ali para fazer: proporcionar-nos uma boa descarga de death metal com influências de black, agressivo e rápido na medida certa, sem tecnicidades desnecessárias nem redundantes. A banda contornou quaisquer percalços com o som das cordas, que nem sempre esteve exemplar, e a percussão impiedosa e a voz imponente rapidamente nos convenceram. O facto de não lhes conseguirmos ver as expressões reforçava todo o ambiente enigmático e fez com que os olhássemos mais como entidades paranormais que nos traziam o som das trevas do que como músicos de carne e osso (e bons músicos, deve acrescentar-se). Desapareceram do palco tão calma e solenemente como tinham aparecido, deixando uma nota pesada e ominosa atrás de si, como o próprio nome indica, assim como a vontade de os voltar a ver em breve.