Falámos com Ricardo Matos acerca deste festival que, desde a terceira edição, apresenta cartazes de peso com entrada gratuita.
Como tudo começou?
Bem, a ideia começou pelo gosto de duas pessoas neste género "mais pesado" da música e pela partilha de algumas vivências em concertos, mas sempre como "fã". Eu já tinha tido uma pequena experiência em termos de organização e selecção de bandas com na primeira edição Areeiro Open Air (2012), em São Pedro do Sul e desde então ficou essa "espécie de bichinho".
Como foi feita a escolha do espaço?
Eu trabalho perto do local onde se realiza o evento, então decidi ir ver a sala e achei que era possível realizar-se um pequeno convívio entre bandas e fãs do género. Isto sem grandes expectativas.
E a escolha da data?
A primeira edição foi no dia 9 de Novembro de 2013, depois a segunda foi a 31 de Maio de 2014 e as outras têm sido entre o final de Setembro e inicio de Outubro, não temos bem data fixa pois procuramos sempre conciliar o "nosso" evento com outros produtores e organizadores com vista a não fazermos no mesmo dia.
Este ano fomos um pouco mais ambiciosos, vamos tentar fazer duas edições: uma a 30 de Março e outra esperamos fazer entre o final de Setembro e o inicio de Outubro.
Quais são as linhas orientadoras do festival?
Basicamente resume-se isto: UMA FESTA! Um convívio e um reencontro entre amigos, patrocinadores, músicos, conhecidos, bancas, vizinhos, curiosos, etc. e para abrilhantar a festa convidamos sempre bandas para participarem, resumidamente é isto.
A sala de tem capacidade para cerca de 100 pessoas, por isso aos primeiros acordes das bandas fica logo bem composta, e por isso temos a parte de fora da sala, onde temos zona de comes e bebes, várias mesas e cadeiras espalhadas por todo o recinto e a Feira de Rock/Metal para dar ainda mais força e complementar a ideia de que temos para o evento.
As duas primeiras edições tiveram uma orientação um pouco diferente, a ideia foi ter bandas de Rock e Metal, mas não tão extremas e um preço simbólico de entrada, primeira edição 2€ e a segunda 3€, tínhamos cerca de 50/60 amigos na sala.
Depois na terceira edição, comecei a decidir sozinho e mudei um pouco o rumo da Festa, convidei bandas amigas de som mais "pesado", e passei o evento para entrada livre, assim não havia desculpa se não gostassem de uma banda ou outra (ou até nenhuma), não pagam para participar.
Nesse dia, passou por Portugal o Furacão Joaquim, choveu a potes até as 16H, fiquei com receio de não aparecer ninguém por causa do mau tempo, mas depois as nuvens abalaram e fez-se uma tarde/noite épica com uma sala completamente cheia e muita gente fora da sala a conviver, beber copos, comer, etc.
A partir daí mantive essa directriz e espero mantê-la, UMA FESTA COM ENTRADA LIVRE.
Momento de maior orgulho?
Já tive vários motivos de orgulho, desde a presença de bandas míticas como Sacred Sin, Decayed, The Temple, Bleeding Display, Dollar Llama, etc a outras bandas que na altura estavam a dar os primeiros passos e agora são afirmações no nosso meio.
Mas os dois maiores momentos não são esses, um deles é ir para a sétima edição e nunca termos tido nenhum incidente, nem nenhuma confusão em nenhuma edição. Fico feliz em saber que todos os que participam compreenderem que isto é uma festa e um convívio entre todos.
O maior motivo de orgulho é a ligação que este Fest criou entre as pessoas que vivem no Casal da Silveira, Casal de Cambra, Famões, etc. e os "festivaleiros".
Por trabalhar na zona, cruzo-me com muitas pessoas que me fazem perguntas sobre o Festival e que me contam histórias de conversas que tiveram no evento com "a comunidade metaleira", referem sempre a educação e simpatia dos festivaleiros, estou certo que o sentimento é reciproco.
Se havia algum tipo de estereótipo, pelo cabelo comprido, botas e roupa preta, tenho a certeza que agora, certamente, foi substituído por admiração.
Planos para o futuro?
Planos para o futuro próximo é continuar a trabalhar arduamente para que esta edição decorra com pelo menos o mesmo sucesso que as anteriores.
A médio prazo é começar a preparar a edição de Setembro/Outubro, já temos algumas bandas em vista.
A longo prazo gostaria de poder passar o Silveira Rock Fest para o exterior, porque a sala já há uns tempos que é pequena demais para quem nos visita, mas essa ideia terá de ser a longo, longo prazo, pois (ainda) não temos condições para isso. Por muita vontade que tenhamos, este Festival tem que ser auto-sustentável, por isso não vamos colocar a continuidade do Festival em causa por ideias mais ambiciosas.
Bem, a ideia começou pelo gosto de duas pessoas neste género "mais pesado" da música e pela partilha de algumas vivências em concertos, mas sempre como "fã". Eu já tinha tido uma pequena experiência em termos de organização e selecção de bandas com na primeira edição Areeiro Open Air (2012), em São Pedro do Sul e desde então ficou essa "espécie de bichinho".
Como foi feita a escolha do espaço?
Eu trabalho perto do local onde se realiza o evento, então decidi ir ver a sala e achei que era possível realizar-se um pequeno convívio entre bandas e fãs do género. Isto sem grandes expectativas.
E a escolha da data?
A primeira edição foi no dia 9 de Novembro de 2013, depois a segunda foi a 31 de Maio de 2014 e as outras têm sido entre o final de Setembro e inicio de Outubro, não temos bem data fixa pois procuramos sempre conciliar o "nosso" evento com outros produtores e organizadores com vista a não fazermos no mesmo dia.
Este ano fomos um pouco mais ambiciosos, vamos tentar fazer duas edições: uma a 30 de Março e outra esperamos fazer entre o final de Setembro e o inicio de Outubro.
Quais são as linhas orientadoras do festival?
Basicamente resume-se isto: UMA FESTA! Um convívio e um reencontro entre amigos, patrocinadores, músicos, conhecidos, bancas, vizinhos, curiosos, etc. e para abrilhantar a festa convidamos sempre bandas para participarem, resumidamente é isto.
A sala de tem capacidade para cerca de 100 pessoas, por isso aos primeiros acordes das bandas fica logo bem composta, e por isso temos a parte de fora da sala, onde temos zona de comes e bebes, várias mesas e cadeiras espalhadas por todo o recinto e a Feira de Rock/Metal para dar ainda mais força e complementar a ideia de que temos para o evento.
As duas primeiras edições tiveram uma orientação um pouco diferente, a ideia foi ter bandas de Rock e Metal, mas não tão extremas e um preço simbólico de entrada, primeira edição 2€ e a segunda 3€, tínhamos cerca de 50/60 amigos na sala.
Depois na terceira edição, comecei a decidir sozinho e mudei um pouco o rumo da Festa, convidei bandas amigas de som mais "pesado", e passei o evento para entrada livre, assim não havia desculpa se não gostassem de uma banda ou outra (ou até nenhuma), não pagam para participar.
Nesse dia, passou por Portugal o Furacão Joaquim, choveu a potes até as 16H, fiquei com receio de não aparecer ninguém por causa do mau tempo, mas depois as nuvens abalaram e fez-se uma tarde/noite épica com uma sala completamente cheia e muita gente fora da sala a conviver, beber copos, comer, etc.
A partir daí mantive essa directriz e espero mantê-la, UMA FESTA COM ENTRADA LIVRE.
Momento de maior orgulho?
Já tive vários motivos de orgulho, desde a presença de bandas míticas como Sacred Sin, Decayed, The Temple, Bleeding Display, Dollar Llama, etc a outras bandas que na altura estavam a dar os primeiros passos e agora são afirmações no nosso meio.
Mas os dois maiores momentos não são esses, um deles é ir para a sétima edição e nunca termos tido nenhum incidente, nem nenhuma confusão em nenhuma edição. Fico feliz em saber que todos os que participam compreenderem que isto é uma festa e um convívio entre todos.
O maior motivo de orgulho é a ligação que este Fest criou entre as pessoas que vivem no Casal da Silveira, Casal de Cambra, Famões, etc. e os "festivaleiros".
Por trabalhar na zona, cruzo-me com muitas pessoas que me fazem perguntas sobre o Festival e que me contam histórias de conversas que tiveram no evento com "a comunidade metaleira", referem sempre a educação e simpatia dos festivaleiros, estou certo que o sentimento é reciproco.
Se havia algum tipo de estereótipo, pelo cabelo comprido, botas e roupa preta, tenho a certeza que agora, certamente, foi substituído por admiração.
Planos para o futuro?
Planos para o futuro próximo é continuar a trabalhar arduamente para que esta edição decorra com pelo menos o mesmo sucesso que as anteriores.
A médio prazo é começar a preparar a edição de Setembro/Outubro, já temos algumas bandas em vista.
A longo prazo gostaria de poder passar o Silveira Rock Fest para o exterior, porque a sala já há uns tempos que é pequena demais para quem nos visita, mas essa ideia terá de ser a longo, longo prazo, pois (ainda) não temos condições para isso. Por muita vontade que tenhamos, este Festival tem que ser auto-sustentável, por isso não vamos colocar a continuidade do Festival em causa por ideias mais ambiciosas.