"Enquanto as músicas não satisfizerem os nossos parâmetros a 100%, vão ter que esperar... mas vão ver que a espera vai compensar!"
Entrevista por: Lisandro Jesus
Entrevista por: Lisandro Jesus
Portuguese Distortion - Não há muitas vocalistas de Heavy Metal no nosso País. Podes explicar como começou essa tua Paixão?
Sara Steel - Bem... eu desde muito nova que ouvia Hard Rock e desde que me lembro da minha pessoa adoro cantar! Comecei a cantar Hard Rock muito jovem... sempre adorei bandas como Alice Cooper, Mr Big, Guns n Roses, etc... mais tarde (por volta de 2004/5) tive um maior contacto com o Heavy Metal, nomeadamente pela oportunidade de ir a concertos de Judas Priest, Riot, Savatage (Jon Oliva's Pain que tocava praticamente o setlist todo de Savatage!), Queensryche, etc. Nessa altura o Nuno [Nightmare – guitarrista de The Unholy] andava a emprestar-me CDs e deu-me a conhecer uma banda chamada Vicious Rumors... quando eu ouvi esta última banda pela primeira vez senti qualquer coisa muito especial e a primeira coisa que me veio à cabeça é que queria cantar como o vocalista deles (Carl Albert, também conhecido como “The Voice”)!
Desde aí comecei então a arriscar cantar Heavy Metal, e a tentar descobrir a melhor forma de interpretar este estilo tão especial mas – ao mesmo tempo – tecnicamente tão exigente. Nessa altura eu e o Nuno já tínhamos vontade de criar uma banda por isso juntou-se o útil ao agradável e decidimos avançar com esse sonho que partilhávamos já há algum tempo! A paixão só tem crescido, e a ânsia por cantar sempre mais e melhor também!
PD - Vocês tiveram um ano de 2015 marcante, com a ida dos The Unholy ao Keep It True. Podes falar como foi essa vossa experiência em terras Germânicas?
SS - Antes de mais, gostaria de dizer que 2015 foi marcante a vários níveis porque tocámos em festivais fantásticos: em Portugal no Extreme Metal Attack, em Madrid no Screaming for Metal, e depois no Keep it True!
Mas respondendo directamente à tua questão: foi uma excelente experiência! Quando o Oliver (organizador do festival) nos convidou para o Keep It True nem queríamos acreditar! A aceitação da demo ultrapassou todas as nossas expectativas e as reacções, principalmente a nível internacional, não podiam ter sido melhores. Nunca nos iria passar pela cabeça que – com apenas uma demo cá fora – pudéssemos pisar um palco daqueles! Ao mesmo tempo que estávamos muito entusiasmados, estivemos sempre ansiosos porque o nosso baterista era bastante recente (na banda, e a tocar bateria) pelo que sentimos o tempo todo que provavelmente não podíamos dar o nosso máximo por muito esforço que fizéssemos. Eu própria estava com algumas dificuldades, porque queria melhorar algumas questões técnicas, por isso foi um bocado tortuoso e uma corrida contra o tempo! Mas, dentro do que conseguíamos fazer na altura, lá fomos e foi fantástico pisar aquele palco, conviver com todas aquelas bandas que nos fizeram querer tocar Heavy Metal. O concerto correu bem, em geral, e o público reagiu excepcionalmente bem! Muita gente teve oportunidade de conhecer a banda e passaram a gostar e acompanhar o nosso trabalho. Enfim... absolutamente lendário!
Todas estas experiências dão-nos bagagem para querermos fazer sempre mais e melhor, e nesse sentido termos passado por esta experiência só nos tornou mais unidos, mais exigentes connosco e – em última análise - mais fortes na técnica e na performance.
PD - Com elementos de Midnight Priest na vossa Banda e já com alguma experiência, vocês recrutaram um Baterista que nunca tinha tocado. Foi uma surpresa?
SS - Nós já tínhamos passado por essa experiência! Afinal, eu nunca tinha cantado ao vivo... portanto quando a banda começou eu era a surpresa diária (para o bem e para o mal)! [risos]
O Dangerous Dave é um amigo de longa data e a única coisa que tínhamos em comum era mesmo gostar de Heavy Metal! Nós sabíamos que ele tinha tido algumas aulas de bateria, mas também sabíamos que ele nunca tinha tocado e para se comprometer a tocar connosco foi preciso decidirmos que queríamos mesmo muito fazer isto juntos e trabalhar arduamente, principalmente tendo o concerto do Keep It True no horizonte logo desde o início. Foi duro, mas o trabalho compensou! Ter o Joe Dalton (o tal membro de Midnight Priest que, por esse motivo, tem mais experiência) no baixo, a segurar a secção rítmica, foi muito importante e ajudou-o bastante! O Nuno Nightmare também lhe dá muitas dicas e apoio nos treinos, pelo que se torna tudo muito mais fácil. E eu, como já tinha passado pelo mesmo e compreendo a sensação a 100% acabei por também ajudar em algumas partes principalmente naqueles momentos antes de subir para o palco, quando sentes aquelas borboletas no estômago!
Enfim... ele continua a trabalhar muito, e bem, e quando estivermos preparados lá iremos para estúdio gravar o nosso primeiro álbum! Se quisermos considerar que ele tem sido uma surpresa, podemos considerá-lo uma surpresa bastante positiva!
PD - Sara, podes adiantar à Portuguese Distortion e à malta que curte o vosso som, se haverá novidades em breve?
SS - Inicialmente pensámos que seria possível gravar em 2015, mas tal não aconteceu por questões pessoais. Como a música nunca vem em frente ao trabalho, por muito que nós gostemos disto, não podemos garantir nada a ninguém. A única coisa que eu posso dizer, e já escrevi bastante sobre isso inclusive na minha página do Facebook porque andava toda a gente a perguntar-me como era, é que estamos a trabalhar, a banda está de saúde, e quando nos sentirmos verdadeiramente preparados iremos para estúdio. Esperamos que isso seja este ano, obviamente! Mas enquanto as músicas não satisfizerem os nossos parâmetros a 100%, vão ter que esperar... mas vão ver que a espera vai compensar!
PD - Para terminar, pergunto-te como vês o Heavy Metal em Portugal. E se pensas que o som com influência nos 80s das nossas Bandas vai no bom caminho.
SS - Houve um tempo que senti que havia quase uma “febre” de Heavy Metal em Portugal. Acho que os sentimentos agora assentaram um bocadinho, mas isso não é necessariamente negativo... Heavy Metal quer-se de qualidade! E, felizmente, nós temos bandas compostas por excelentes músicos e com capacidades extraordinárias. Portanto, o Heavy Metal em Portugal está de saúde e recomenda-se, a começar com The Unholy, claro! [risos]
Sara Steel - Bem... eu desde muito nova que ouvia Hard Rock e desde que me lembro da minha pessoa adoro cantar! Comecei a cantar Hard Rock muito jovem... sempre adorei bandas como Alice Cooper, Mr Big, Guns n Roses, etc... mais tarde (por volta de 2004/5) tive um maior contacto com o Heavy Metal, nomeadamente pela oportunidade de ir a concertos de Judas Priest, Riot, Savatage (Jon Oliva's Pain que tocava praticamente o setlist todo de Savatage!), Queensryche, etc. Nessa altura o Nuno [Nightmare – guitarrista de The Unholy] andava a emprestar-me CDs e deu-me a conhecer uma banda chamada Vicious Rumors... quando eu ouvi esta última banda pela primeira vez senti qualquer coisa muito especial e a primeira coisa que me veio à cabeça é que queria cantar como o vocalista deles (Carl Albert, também conhecido como “The Voice”)!
Desde aí comecei então a arriscar cantar Heavy Metal, e a tentar descobrir a melhor forma de interpretar este estilo tão especial mas – ao mesmo tempo – tecnicamente tão exigente. Nessa altura eu e o Nuno já tínhamos vontade de criar uma banda por isso juntou-se o útil ao agradável e decidimos avançar com esse sonho que partilhávamos já há algum tempo! A paixão só tem crescido, e a ânsia por cantar sempre mais e melhor também!
PD - Vocês tiveram um ano de 2015 marcante, com a ida dos The Unholy ao Keep It True. Podes falar como foi essa vossa experiência em terras Germânicas?
SS - Antes de mais, gostaria de dizer que 2015 foi marcante a vários níveis porque tocámos em festivais fantásticos: em Portugal no Extreme Metal Attack, em Madrid no Screaming for Metal, e depois no Keep it True!
Mas respondendo directamente à tua questão: foi uma excelente experiência! Quando o Oliver (organizador do festival) nos convidou para o Keep It True nem queríamos acreditar! A aceitação da demo ultrapassou todas as nossas expectativas e as reacções, principalmente a nível internacional, não podiam ter sido melhores. Nunca nos iria passar pela cabeça que – com apenas uma demo cá fora – pudéssemos pisar um palco daqueles! Ao mesmo tempo que estávamos muito entusiasmados, estivemos sempre ansiosos porque o nosso baterista era bastante recente (na banda, e a tocar bateria) pelo que sentimos o tempo todo que provavelmente não podíamos dar o nosso máximo por muito esforço que fizéssemos. Eu própria estava com algumas dificuldades, porque queria melhorar algumas questões técnicas, por isso foi um bocado tortuoso e uma corrida contra o tempo! Mas, dentro do que conseguíamos fazer na altura, lá fomos e foi fantástico pisar aquele palco, conviver com todas aquelas bandas que nos fizeram querer tocar Heavy Metal. O concerto correu bem, em geral, e o público reagiu excepcionalmente bem! Muita gente teve oportunidade de conhecer a banda e passaram a gostar e acompanhar o nosso trabalho. Enfim... absolutamente lendário!
Todas estas experiências dão-nos bagagem para querermos fazer sempre mais e melhor, e nesse sentido termos passado por esta experiência só nos tornou mais unidos, mais exigentes connosco e – em última análise - mais fortes na técnica e na performance.
PD - Com elementos de Midnight Priest na vossa Banda e já com alguma experiência, vocês recrutaram um Baterista que nunca tinha tocado. Foi uma surpresa?
SS - Nós já tínhamos passado por essa experiência! Afinal, eu nunca tinha cantado ao vivo... portanto quando a banda começou eu era a surpresa diária (para o bem e para o mal)! [risos]
O Dangerous Dave é um amigo de longa data e a única coisa que tínhamos em comum era mesmo gostar de Heavy Metal! Nós sabíamos que ele tinha tido algumas aulas de bateria, mas também sabíamos que ele nunca tinha tocado e para se comprometer a tocar connosco foi preciso decidirmos que queríamos mesmo muito fazer isto juntos e trabalhar arduamente, principalmente tendo o concerto do Keep It True no horizonte logo desde o início. Foi duro, mas o trabalho compensou! Ter o Joe Dalton (o tal membro de Midnight Priest que, por esse motivo, tem mais experiência) no baixo, a segurar a secção rítmica, foi muito importante e ajudou-o bastante! O Nuno Nightmare também lhe dá muitas dicas e apoio nos treinos, pelo que se torna tudo muito mais fácil. E eu, como já tinha passado pelo mesmo e compreendo a sensação a 100% acabei por também ajudar em algumas partes principalmente naqueles momentos antes de subir para o palco, quando sentes aquelas borboletas no estômago!
Enfim... ele continua a trabalhar muito, e bem, e quando estivermos preparados lá iremos para estúdio gravar o nosso primeiro álbum! Se quisermos considerar que ele tem sido uma surpresa, podemos considerá-lo uma surpresa bastante positiva!
PD - Sara, podes adiantar à Portuguese Distortion e à malta que curte o vosso som, se haverá novidades em breve?
SS - Inicialmente pensámos que seria possível gravar em 2015, mas tal não aconteceu por questões pessoais. Como a música nunca vem em frente ao trabalho, por muito que nós gostemos disto, não podemos garantir nada a ninguém. A única coisa que eu posso dizer, e já escrevi bastante sobre isso inclusive na minha página do Facebook porque andava toda a gente a perguntar-me como era, é que estamos a trabalhar, a banda está de saúde, e quando nos sentirmos verdadeiramente preparados iremos para estúdio. Esperamos que isso seja este ano, obviamente! Mas enquanto as músicas não satisfizerem os nossos parâmetros a 100%, vão ter que esperar... mas vão ver que a espera vai compensar!
PD - Para terminar, pergunto-te como vês o Heavy Metal em Portugal. E se pensas que o som com influência nos 80s das nossas Bandas vai no bom caminho.
SS - Houve um tempo que senti que havia quase uma “febre” de Heavy Metal em Portugal. Acho que os sentimentos agora assentaram um bocadinho, mas isso não é necessariamente negativo... Heavy Metal quer-se de qualidade! E, felizmente, nós temos bandas compostas por excelentes músicos e com capacidades extraordinárias. Portanto, o Heavy Metal em Portugal está de saúde e recomenda-se, a começar com The Unholy, claro! [risos]