Ainda que os Dawnrider sejam o seu principal "filho", as cordas de Hugo Conim fazem-se ouvir em projetos como Dragon's Kiss e Clockwork Boys. À conversa com a Portuguese Distortion, ficámos a saber mais sobre as suas bandas, a opinião sobre o underground nacional e alguns detalhes sobre "A Um Passo da Loucura", um documentário sobre a música Punk em Portugal que chega aos cinemas já em Dezembro.
Entrevista por: Lisandro Jesus
Entrevista por: Lisandro Jesus
Portuguese Distortion - Sei que a tua banda principal são os Dawnrider, mas sei também tens mais que um projeto. Dragon's Kiss e Clockwork Boys também te têm ocupado tempo, como é que consegues conciliar tudo?
Hugo Conim - Sim, a minha banda principal é Dawnrider pois é a banda que tenho activa a mais tempo, embora Dragons Kiss e Clockwork Boys sejam projectos igualmente importantes para mim. Estas três bandas fazem parte da minha vida e preciso de todos estes projectos para me sentir realizado a tocar a música que gosto e me influencia desde a adolescência: Heavy Metal e Punk Rock.
PD - Sentes que os Dawnrider e o vosso Doom/Heavy Rock bem vincado já atingiram os objetivos pessoais de cada elemento da banda ? Ou ainda pensas que há matéria para ser trabalhada num futuro próximo?
HC - Em relação aos Dawnrider, neste terceiro álbum conseguimos criar uma identidade própria para o nosso Doom Metal. A banda não seguiu as "modas" e fez o seu próprio caminho, como sempre fizemos, e com isto conseguimos criar um estilo original dentro do Doom/Heavy Rock. Não nos prendemos ao que já tínhamos feito nos álbuns anteriores e posso dizer orgulhosamente que a minha banda não soa a uma cópia de nada. Temos as nossas influências mas isto é Dawnrider, a maior parte das bandas atuais é copia de qualquer coisa nós não, somos Dawnrider!
Quanto ao futuro há sempre matéria para ser trabalhada e já começámos a compor o que virá a ser o próximo álbum, vai ser um disco em que vamos seguir esta linha do "Third Crusade" mas sem nos repetir, vamos continuar a ser nós mesmos!
Hugo Conim - Sim, a minha banda principal é Dawnrider pois é a banda que tenho activa a mais tempo, embora Dragons Kiss e Clockwork Boys sejam projectos igualmente importantes para mim. Estas três bandas fazem parte da minha vida e preciso de todos estes projectos para me sentir realizado a tocar a música que gosto e me influencia desde a adolescência: Heavy Metal e Punk Rock.
PD - Sentes que os Dawnrider e o vosso Doom/Heavy Rock bem vincado já atingiram os objetivos pessoais de cada elemento da banda ? Ou ainda pensas que há matéria para ser trabalhada num futuro próximo?
HC - Em relação aos Dawnrider, neste terceiro álbum conseguimos criar uma identidade própria para o nosso Doom Metal. A banda não seguiu as "modas" e fez o seu próprio caminho, como sempre fizemos, e com isto conseguimos criar um estilo original dentro do Doom/Heavy Rock. Não nos prendemos ao que já tínhamos feito nos álbuns anteriores e posso dizer orgulhosamente que a minha banda não soa a uma cópia de nada. Temos as nossas influências mas isto é Dawnrider, a maior parte das bandas atuais é copia de qualquer coisa nós não, somos Dawnrider!
Quanto ao futuro há sempre matéria para ser trabalhada e já começámos a compor o que virá a ser o próximo álbum, vai ser um disco em que vamos seguir esta linha do "Third Crusade" mas sem nos repetir, vamos continuar a ser nós mesmos!
PD - Falando um pouco nos Dragon’s Kiss, devia-te ter dado um "tesão do caraças" fazer um trabalho heavy metal vincado nos 80s. Como é que surgiu a parceria com o Adam Neal (Hookers,Savage Master, Brothers Of Conquest, Blade Of The Ripper) e também de convidados nacionais como o Rafael Maia (V12), Pedro Pita (Midnight Priest) e Paulo Vieira.
HC - Dragons Kiss é o meu novo projecto e veio para ficar. Basicamente eu e o Adam quisemos fazer um projecto de estúdio juntos, mas depois de ouvir o trabalho finalizado quis pegar nisto e levar a "máquina" para a estrada, e assim o fiz.
O Rafa continua como nosso convidado nos concertos em que pode comparecer, o Paulo Vieira continua a produzir o álbum novo, e posso adiantar que o instrumental está todo gravado e a vozes estão a ser gravadas pelo Adam Neal neste momento nos U.S.A, o Pita que é meu amigo pessoal entrou no primeiro como convidado e só não ficou na banda que vivemos longe um do outro, Dragon´s Kiss passou de "projecto de estúdio" a banda ativa e actualmente é composta por: Adam "Rock´N´Roll Outlaw" Neal - Hugo "Rattlesnake" C. - Tiagus Bastard - Rafa "Boss" Maia - Darius Tornado - Nasty Viking- Marc Pain.
PD - No dia 9 de Janeiro estarás em dose dupla (Dawnrider e Clockwork Boys) a tocar no HMF. Como é que ainda vês a cena dentro do nosso país em relação a eventos e espetáculos por cá ?
HC - A cena no nosso país esta a ficar cada vez mais "poser" e a seguir as modas "fatelas" que vêm lá de fora, mas felizmente há sempre pessoal no underground português puro e que sempre se manteve fiel a si próprio. É esse o caso do Rocha, por exemplo, que já faz o HMF há imensos anos. O HMF é o meu festival favorito de Metal no nosso país, vai ser um prazer enorme voltar a tocar lá e desta vez em dose dupla, mas vai ser fodido para mim que vou ter de tocar duas vezes no mesmo dia. Seja como for, "quem corre por gosto não cansa" e isto é o que eu gosto de fazer!
PD - Na minha anterior entrevista estive à conversa com António Manuel Ribeiro, vocalista e guitarrista dos dos UHF, e perguntei-lhe o que achava desta tua ideia de, juntamente com o Miguel Newton, fazer um documentário sobre o Punk em Portugal. A opinião do António foi que "todos os documentos deste teor têm uma validade que é mostrar o que existiu". Deve ter sido um orgulho enorme para ti retirar experiências passadas de grandes nomes da música Portuguesa. Fala-me um pouco sobre este documentário e, já agora, para quando está previsto o lançamento ?
HC - "A um Passo da Loucura" é um projecto que já tinha pensado fazer há uns anos atrás mas nunca tive o tempo para o fazer. Este ano quando fizemos a "Armagedão" tour com os Mata-Ratos eu e o Miguel Newton decidimos arrancar com o projecto visto que íamos passar tempo na estrada, e assim começámos a filmar as primeiras entrevistas. Depois de nove meses de filmagens, edições e imenso trabalho temos o filme pronto e as ante-estreias já estão marcadas para o mês de Dezembro deste ano em algumas das melhores salas de cinema a nível nacional.
Este projecto deu-me imenso gosto e orgulho a fazer, pois estou convencido que é um trabalho íntegro e que conta a historia com pormenor das primeiras vagas do Punk em Portugal como nunca tinha sido contada antes.
HC - Dragons Kiss é o meu novo projecto e veio para ficar. Basicamente eu e o Adam quisemos fazer um projecto de estúdio juntos, mas depois de ouvir o trabalho finalizado quis pegar nisto e levar a "máquina" para a estrada, e assim o fiz.
O Rafa continua como nosso convidado nos concertos em que pode comparecer, o Paulo Vieira continua a produzir o álbum novo, e posso adiantar que o instrumental está todo gravado e a vozes estão a ser gravadas pelo Adam Neal neste momento nos U.S.A, o Pita que é meu amigo pessoal entrou no primeiro como convidado e só não ficou na banda que vivemos longe um do outro, Dragon´s Kiss passou de "projecto de estúdio" a banda ativa e actualmente é composta por: Adam "Rock´N´Roll Outlaw" Neal - Hugo "Rattlesnake" C. - Tiagus Bastard - Rafa "Boss" Maia - Darius Tornado - Nasty Viking- Marc Pain.
PD - No dia 9 de Janeiro estarás em dose dupla (Dawnrider e Clockwork Boys) a tocar no HMF. Como é que ainda vês a cena dentro do nosso país em relação a eventos e espetáculos por cá ?
HC - A cena no nosso país esta a ficar cada vez mais "poser" e a seguir as modas "fatelas" que vêm lá de fora, mas felizmente há sempre pessoal no underground português puro e que sempre se manteve fiel a si próprio. É esse o caso do Rocha, por exemplo, que já faz o HMF há imensos anos. O HMF é o meu festival favorito de Metal no nosso país, vai ser um prazer enorme voltar a tocar lá e desta vez em dose dupla, mas vai ser fodido para mim que vou ter de tocar duas vezes no mesmo dia. Seja como for, "quem corre por gosto não cansa" e isto é o que eu gosto de fazer!
PD - Na minha anterior entrevista estive à conversa com António Manuel Ribeiro, vocalista e guitarrista dos dos UHF, e perguntei-lhe o que achava desta tua ideia de, juntamente com o Miguel Newton, fazer um documentário sobre o Punk em Portugal. A opinião do António foi que "todos os documentos deste teor têm uma validade que é mostrar o que existiu". Deve ter sido um orgulho enorme para ti retirar experiências passadas de grandes nomes da música Portuguesa. Fala-me um pouco sobre este documentário e, já agora, para quando está previsto o lançamento ?
HC - "A um Passo da Loucura" é um projecto que já tinha pensado fazer há uns anos atrás mas nunca tive o tempo para o fazer. Este ano quando fizemos a "Armagedão" tour com os Mata-Ratos eu e o Miguel Newton decidimos arrancar com o projecto visto que íamos passar tempo na estrada, e assim começámos a filmar as primeiras entrevistas. Depois de nove meses de filmagens, edições e imenso trabalho temos o filme pronto e as ante-estreias já estão marcadas para o mês de Dezembro deste ano em algumas das melhores salas de cinema a nível nacional.
Este projecto deu-me imenso gosto e orgulho a fazer, pois estou convencido que é um trabalho íntegro e que conta a historia com pormenor das primeiras vagas do Punk em Portugal como nunca tinha sido contada antes.