"Uma pérola para os amantes do black metal mais tradicional."
Review por: Joana Ribeiro
Review por: Joana Ribeiro
Apologia do ódio e do desprezo a tudo o que se relacione com humanidade, esperança ou benevolência. Esta é a fórmula que define Morte Incandescente desde que os conhecemos e que é reforçada neste “…o mundo morreu!”, com o seu costumeiro tom niilista, tanto lírica como musicalmente, que tanto faz lembrar a época de ouro de Shining durante a sua audição.
Em 13 anos de existência a banda parece ainda não ter esgotado as ganas de profanação do mundo em seu redor e essa mensagem não podia estar mais explícita logo na primeira música, “Diz não à vida”, em que o riff modorrento envolve de imediato o ouvinte num torpor depressivo, como se o inverno tomasse conta do seu estado de espírito. As faixas seguintes combinam com mestria uma energia de intento aniquilador e uma sonoridade melancólica que evidencia o saudosismo de Morte Incandescente pelo feel dos primórdios do black metal. Destaca-se “Distúrbio absoluto” pelo seu ritmo mais acelerado e agressivo, contrastando com partes de guitarra clean, combinação que resulta num interessante quebrar do ritmo consistente do álbum (não que este seja uma coisa negativa). “Tiro no Escuro” é também dona de uma cativante atmosfera de negativismo e desesperança, sendo uma das candidatas a favorita. A disposição das músicas, no entanto, deixa algo a desejar: por muito bem que soe a outro de “Um rasto de ódio”, teria encaixado melhor uma faixa mais lenta como conclusão do álbum.
Sem dúvida uma pérola para os amantes do black metal mais tradicional, mas quer se seja adepto da visão purista desta banda, ou, pelo contrário, se a considere forçada e redutora, é aconselhável deixar preconceitos ideológicos de lado e investir tempo a ouvir “…o mundo morreu!”, uma obra interessante e bem concretizada.
Em 13 anos de existência a banda parece ainda não ter esgotado as ganas de profanação do mundo em seu redor e essa mensagem não podia estar mais explícita logo na primeira música, “Diz não à vida”, em que o riff modorrento envolve de imediato o ouvinte num torpor depressivo, como se o inverno tomasse conta do seu estado de espírito. As faixas seguintes combinam com mestria uma energia de intento aniquilador e uma sonoridade melancólica que evidencia o saudosismo de Morte Incandescente pelo feel dos primórdios do black metal. Destaca-se “Distúrbio absoluto” pelo seu ritmo mais acelerado e agressivo, contrastando com partes de guitarra clean, combinação que resulta num interessante quebrar do ritmo consistente do álbum (não que este seja uma coisa negativa). “Tiro no Escuro” é também dona de uma cativante atmosfera de negativismo e desesperança, sendo uma das candidatas a favorita. A disposição das músicas, no entanto, deixa algo a desejar: por muito bem que soe a outro de “Um rasto de ódio”, teria encaixado melhor uma faixa mais lenta como conclusão do álbum.
Sem dúvida uma pérola para os amantes do black metal mais tradicional, mas quer se seja adepto da visão purista desta banda, ou, pelo contrário, se a considere forçada e redutora, é aconselhável deixar preconceitos ideológicos de lado e investir tempo a ouvir “…o mundo morreu!”, uma obra interessante e bem concretizada.