Usa o rato para navegares pelo slideshow
|
Não interessa há quanto tempo andamos nisto, quando chega o momento de escrever sobre um concerto dos Mécanosphère, é difícil ter um ponto de comparação. Cientes à partida para a Cave 45 da singularidade do grupo liderado por Adolfo Luxúria Canibal, nada fazia diminuir a expetativa. O público do Porto respondeu em força e foi uma casa bem preenchida a que recebeu o grupo que dava ali início à primeira de duas datas de apresentação a "Scorpio", o novo álbum.
Rendidos à lírica característica de um Canibal que, propositadamente ou não, nos entra na cabeça e deixa a refletir, também a pouco usual sonoridade (construída com baixo, contra-baixo elétrico, 2 baterias, saxofone e sintetizadores) se mostra capaz de criar um ambiente perfeito que deixou rendidos todos os presentes.
Em suma, e sem que haja palavras suficientes para descrever a qualidade da apresentação dos Mécanosphère, tudo o que pedimos é que voltem tão depressa quanto possível. Um projeto que tem tudo para conquistar muito mais do que o conseguido até ao momento, composto por músicos de qualidade e com um líder que dispensa apresentações que juntos conseguiram a fórmula certa para criar música nova, diferente e de qualidade, algo difícil de conseguir hoje em dia.