"É definitivamente o público que faz a diferença."
Entrevista por: Daniel Sampaio
Entrevista por: Daniel Sampaio
Blog que se tornou promotora ainda no ano em que surgiu, em 2006, a Amplificasom celebra este ano uma década de existência. Uma década marcada por centenas de concertos de bandas trazidas pela primeira vez a Portugal, de apostas em nomes nacionais como Process of Guilt ou Löbo e, desde 2011, de uma celebração anual chamada Amplifest. A edição deste ano, para além de nomes como Neurosis, Prurient ou Minsk, conta com três dos projetos mais badalados do underground português: Névoa, Redemptus e Sinistro. Falámos com André Mendes, da Amplificasom, a propósito da sua promotora e do fim de semana mais negro de agosto.
Portuguese Distortion - O Amplifest apresenta-se como uma “experiência”. O que achas que o demarca do conceito de festival?
André Mendes - Aquilo que me vem imediatamente à cabeça é a atmosfera que se vive. É única. Aliás, acho que concordas comigo se disser que o Amplifest é um evento único em Portugal. Não há igual e permite-me ser suspeito ou não passássemos nós meses e meses a planear e a organizar tudo detalhadamente. E depois é um fim de semana multi-artístico. Tens os concertos, são de facto as iniciativas mais apetecíveis. Mas é o seu todo, é o viver a experiência toda, desde os filmes, as exposições, as Amplitalks, os discos exclusivos que ouvimos pela primeira vez, tudo isso faz parte da experiência e o público não só compreende que esta é a forma mais genuína de se viver o Amplifest como também o anseia. No Amplifest tu sentes algo diferente, às vezes não sabes como explicar, mas quando estás no fim de semana mais especial do ano sabes porque é que esperaste um ano por tudo aquilo que estás a viver.
Fala-nos um pouco da evolução do Amplifest. Foi difícil organizar a primeira edição? Tornou-se mais fácil com o tempo? Qual o balanço que fazes de iniciativas como a mostra de documentários e as bandas surpresa?
Todas as edições são difíceis de organizar. Como te disse, passamos muitos meses a planear, negociar, organizar e produzir. É um trabalho desgastante, mas fazemo-lo com muito amor, por mais “cheesy” que te possa soar. É toda essa paixão que nos move, é exatamente essa paixão que faz com que tudo seja praticamente perfeito durante os dias do Amplifest. A primeira foi tão difícil como todas as outras, mas foi talvez a mais especial, a que temos mais carinho, vá. Lembro-me de estar a arrumar tudo depois de toda a gente ter ido embora e desabafar com o João, um dos nossos stage managers: “Já passou?”. Foi intensa.
Quanto às iniciativas, nós sempre sentimos que o Amplifest não podia ser apenas um aglomerado de bandas, e apesar de a logística ter uma grande influência, a própria narrativa do alinhamento diário não é à toa. Não é à toa que aquela banda toca a seguir a outra; no ano passado, um dos grandes elogios que nos fizeram foi a sequência Altar of Plagues – Basinski – Converge, que são três bandas completamente diferentes. Apesar de, mais uma vez, eu estar a dizer que isto é para nichos, há um público que percebe, é inteligente, sabe o que quer e tem a mente aberta. Esse mesmo público aprecia, tal como nós, ver filmes e exposições sempre relacionadas com música. E, claro, as Amplitalks onde se aprende imenso e encontramos os músicos que admiramos numa outra perspetiva, a partilhar histórias e conhecimentos de uma forma mais intimista.
Este ano há 3 bandas portuguesas no cartaz: Redemptus, Névoa e Sinistro. O que te levou a escolher cada uma?
Antes de mais, nós não fazemos essa separação, a nacionalidade das bandas só nos influencia na altura de tratar da papelada das retenções. Não, não acreditamos nesse tipo de barreiras. Temos tendência a escolher os projetos mais atuais e relevantes daquele momento e acreditamos que essas são das mais interessantes atualmente. Somos fãs das três, mas confesso que espero ter tempo para ver um pouco do concerto dos Névoa. Nunca os vi e sou um grande fã deste novo disco.
E quanto ao resto das bandas, como começas a escolher os nomes? Quais são as linhas orientadoras do Amplifest?
Nós começamos sempre por procurar uma âncora, ou seja, aquela banda que justifica que bloqueies determinado fim de semana. Isto acontece porque o Amplifest não tem patrocínios, fundos ou qualquer tipo de apoios e a dependência exaustiva da bilheteira implica que tenhamos esta estratégia. Em 2012 foram os Godspeed You! Black Emperor; em 2013, os Russian Circles, que estavam com a Chelsea Wolfe na estrada; 2014 foi o ano dos Swans e depois conseguimos os Wovenhand, os Cult of Luna, Ben Frost - foi uma edição memorável; no ano passado os Converge; este ano os Neurosis. A partir daí, começamos a definir a narrativa em termos de alinhamento e de relevância no que diz respeito ao que as bandas estão a fazer na altura. Não há uma fórmula, mas diria que é um resumir de todo o trabalho que nós fazemos durante um ano naquele fim de semana específico.
Outra parte essencial da experiência Amplifest é a interação a que se assiste entre músicos de diferentes bandas e entre as bandas e o público, nos próprios corredores do Hard Club. Pensas que a escolha do local contribuiu para esta característica?
Não creio que a sala influencie, se assim fosse verias mais bandas a interagir com o público noutros eventos no próprio Hard Club. Acredito que somos uma família bem grande. Não há estatutos, egos ou o que quer que seja. Os músicos querem estar com quem aprecia genuinamente o seu trabalho, querem inclusive ver outras bandas em palco, querem conviver... Não é a sala, é o público que faz a diferença. É educado, adulto, interessado… é definitivamente o público que faz a diferença.
Outro aspeto curioso no público é a mistura de nacionalidades, de línguas que se ouvem ao longo de cada edição. Dirias que foi assim desde o início ou que foi crescendo?
Houve uma evolução, o Amplifest é cada vez mais conhecido lá fora e é normal que o público estrangeiro cresça de edição para edição. Nesta já batemos o recorde da anterior. De São Paulo a São Petersburgo, é a edição onde mais línguas diferentes vais ouvir e isto entusiasma-nos porque vemos as pessoas fazerem tantos quilómetros e gastarem tanto dinheiro em voos, alojamento e afins para virem viver isto connosco.
O Amplifest pode ser visto como uma celebração anual da Amplificasom, que este ano atinge o seu décimo aniversário. Como é que tudo começou?
É uma celebração anual, gosto da tua perspetiva. A Amplificasom organiza concertos o ano todo, tem diferentes iniciativas o ano todo, e para nós o Amplifest é um resumo, num fim de semana apenas, daquilo que é a Amplificasom e daquilo que nós fazemos.
No início de tudo já tinhas essa ideia em mente?
Quando começámos, em 2006, nada foi planeado. Aliás, eu nem sequer sabia o que era um rider, quanto mais pensar em organizar eventos da estrutura do Amplifest. Aconteceu tudo naturalmente, desde o sonho ao fazê-lo acontecer.
Ao longo dos anos, notou-se claramente um crescimento acentuado. Sentes que havia alguma lacuna específica que a Amplificasom veio preencher no panorama nacional?
Nunca organizámos um evento cujo objetivo fosse meramente financeiro. Temos contas e impostos para pagar, é um facto, e o balanço entre o organizar o essencial e o rentável é uma necessidade. No entanto, o objetivo financeiro nunca foi nem será a prioridade: se assim fosse, toda a essência do que fazemos e representamos perdia-se. As experiências são saudáveis, vamos continuar a fazê-las, mas tudo isto para dizer que sinto muito mais que as pessoas é que nos vão procurando por aquilo que propomos, e não nós a agarrar nas bandas que enchem salas, sem qualquer critério na nossa programação, para com isso enchermos os bolsos. Nada contra, só não nos sentiríamos realizados.
Enquanto blog, a Amplificasom fomentou a discussão entre indivíduos com gostos semelhantes e a palavra foi-se passando gradualmente, contribuindo para esse crescimento. Agora que têm presença no Facebook, Twitter e Instagram, que vantagens e desvantagens vês nesse tipo de redes sociais, face ao formato do blog?
Nós chegávamos a ter 600 visitas únicas por dia, era incrível. Havia pessoas que nos diziam que a primeira coisa que faziam de manhã, antes ainda de tomar o pequeno-almoço, era visitar o blog. Os tempos mudam e tivemos que nos adaptar gradualmente. Tenho uma certa nostalgia desses tempos do primeiro blog, as discussões eram saudáveis e tinham substância. Hoje em dia, sobretudo no Facebook, um post às 11h da manhã está completamente esquecido ao final da tarde. De qualquer maneira, nos dias de hoje é uma ferramenta fundamental e essencial para a comunicação duma promotora. O Twitter e o Instagram, sendo nós uma equipa de duas pessoas, temos encarado como complementos, mas podemos dar-lhes um uso bem melhor no futuro.
Há planos para a celebração deste aniversário da Amplificasom ou ideias novas para os próximos anos?
Já estamos a celebrar os dez anos: começámos o ano com Deafheaven, uma banda altamente relevante atualmente; fizemos os The Body, que são das bandas mais fascinantes e únicas que apareceram nos últimos tempos; e o que dizer dos Full of Hell?; fizemos agora SUMAC (talvez o meu disco preferido dos últimos meses), Mamiffer e Sun Kil Moon... agenciámos uma série de concertos durante todo o ano, vamos ter agora um Amplifest cujos adjetivos me escapam para descrever a sua importância e relevância para quem aprecia o universo musical por onde temos navegado, depois vamos ter Nothing (mais uma estreia em Portugal), vamos ter os 65daysofstatic e o ano não ficará por aqui.
Por fim, o que tens ouvido dentro da música portuguesa?
[HHY & the] Macumbas, para mim, é das melhores bandas de sempre. É uma banda especial, cada concerto é diferente. A energia, o que eles fazem, a sua relevância... não há outra banda assim. O disco roda com regularidade e o segundo está quase aí. Gosto muito do disco dos Névoa e espero mesmo arranjar um tempinho para os conseguir ver no Amplifest.
Portuguese Distortion - O Amplifest apresenta-se como uma “experiência”. O que achas que o demarca do conceito de festival?
André Mendes - Aquilo que me vem imediatamente à cabeça é a atmosfera que se vive. É única. Aliás, acho que concordas comigo se disser que o Amplifest é um evento único em Portugal. Não há igual e permite-me ser suspeito ou não passássemos nós meses e meses a planear e a organizar tudo detalhadamente. E depois é um fim de semana multi-artístico. Tens os concertos, são de facto as iniciativas mais apetecíveis. Mas é o seu todo, é o viver a experiência toda, desde os filmes, as exposições, as Amplitalks, os discos exclusivos que ouvimos pela primeira vez, tudo isso faz parte da experiência e o público não só compreende que esta é a forma mais genuína de se viver o Amplifest como também o anseia. No Amplifest tu sentes algo diferente, às vezes não sabes como explicar, mas quando estás no fim de semana mais especial do ano sabes porque é que esperaste um ano por tudo aquilo que estás a viver.
Fala-nos um pouco da evolução do Amplifest. Foi difícil organizar a primeira edição? Tornou-se mais fácil com o tempo? Qual o balanço que fazes de iniciativas como a mostra de documentários e as bandas surpresa?
Todas as edições são difíceis de organizar. Como te disse, passamos muitos meses a planear, negociar, organizar e produzir. É um trabalho desgastante, mas fazemo-lo com muito amor, por mais “cheesy” que te possa soar. É toda essa paixão que nos move, é exatamente essa paixão que faz com que tudo seja praticamente perfeito durante os dias do Amplifest. A primeira foi tão difícil como todas as outras, mas foi talvez a mais especial, a que temos mais carinho, vá. Lembro-me de estar a arrumar tudo depois de toda a gente ter ido embora e desabafar com o João, um dos nossos stage managers: “Já passou?”. Foi intensa.
Quanto às iniciativas, nós sempre sentimos que o Amplifest não podia ser apenas um aglomerado de bandas, e apesar de a logística ter uma grande influência, a própria narrativa do alinhamento diário não é à toa. Não é à toa que aquela banda toca a seguir a outra; no ano passado, um dos grandes elogios que nos fizeram foi a sequência Altar of Plagues – Basinski – Converge, que são três bandas completamente diferentes. Apesar de, mais uma vez, eu estar a dizer que isto é para nichos, há um público que percebe, é inteligente, sabe o que quer e tem a mente aberta. Esse mesmo público aprecia, tal como nós, ver filmes e exposições sempre relacionadas com música. E, claro, as Amplitalks onde se aprende imenso e encontramos os músicos que admiramos numa outra perspetiva, a partilhar histórias e conhecimentos de uma forma mais intimista.
Este ano há 3 bandas portuguesas no cartaz: Redemptus, Névoa e Sinistro. O que te levou a escolher cada uma?
Antes de mais, nós não fazemos essa separação, a nacionalidade das bandas só nos influencia na altura de tratar da papelada das retenções. Não, não acreditamos nesse tipo de barreiras. Temos tendência a escolher os projetos mais atuais e relevantes daquele momento e acreditamos que essas são das mais interessantes atualmente. Somos fãs das três, mas confesso que espero ter tempo para ver um pouco do concerto dos Névoa. Nunca os vi e sou um grande fã deste novo disco.
E quanto ao resto das bandas, como começas a escolher os nomes? Quais são as linhas orientadoras do Amplifest?
Nós começamos sempre por procurar uma âncora, ou seja, aquela banda que justifica que bloqueies determinado fim de semana. Isto acontece porque o Amplifest não tem patrocínios, fundos ou qualquer tipo de apoios e a dependência exaustiva da bilheteira implica que tenhamos esta estratégia. Em 2012 foram os Godspeed You! Black Emperor; em 2013, os Russian Circles, que estavam com a Chelsea Wolfe na estrada; 2014 foi o ano dos Swans e depois conseguimos os Wovenhand, os Cult of Luna, Ben Frost - foi uma edição memorável; no ano passado os Converge; este ano os Neurosis. A partir daí, começamos a definir a narrativa em termos de alinhamento e de relevância no que diz respeito ao que as bandas estão a fazer na altura. Não há uma fórmula, mas diria que é um resumir de todo o trabalho que nós fazemos durante um ano naquele fim de semana específico.
Outra parte essencial da experiência Amplifest é a interação a que se assiste entre músicos de diferentes bandas e entre as bandas e o público, nos próprios corredores do Hard Club. Pensas que a escolha do local contribuiu para esta característica?
Não creio que a sala influencie, se assim fosse verias mais bandas a interagir com o público noutros eventos no próprio Hard Club. Acredito que somos uma família bem grande. Não há estatutos, egos ou o que quer que seja. Os músicos querem estar com quem aprecia genuinamente o seu trabalho, querem inclusive ver outras bandas em palco, querem conviver... Não é a sala, é o público que faz a diferença. É educado, adulto, interessado… é definitivamente o público que faz a diferença.
Outro aspeto curioso no público é a mistura de nacionalidades, de línguas que se ouvem ao longo de cada edição. Dirias que foi assim desde o início ou que foi crescendo?
Houve uma evolução, o Amplifest é cada vez mais conhecido lá fora e é normal que o público estrangeiro cresça de edição para edição. Nesta já batemos o recorde da anterior. De São Paulo a São Petersburgo, é a edição onde mais línguas diferentes vais ouvir e isto entusiasma-nos porque vemos as pessoas fazerem tantos quilómetros e gastarem tanto dinheiro em voos, alojamento e afins para virem viver isto connosco.
O Amplifest pode ser visto como uma celebração anual da Amplificasom, que este ano atinge o seu décimo aniversário. Como é que tudo começou?
É uma celebração anual, gosto da tua perspetiva. A Amplificasom organiza concertos o ano todo, tem diferentes iniciativas o ano todo, e para nós o Amplifest é um resumo, num fim de semana apenas, daquilo que é a Amplificasom e daquilo que nós fazemos.
No início de tudo já tinhas essa ideia em mente?
Quando começámos, em 2006, nada foi planeado. Aliás, eu nem sequer sabia o que era um rider, quanto mais pensar em organizar eventos da estrutura do Amplifest. Aconteceu tudo naturalmente, desde o sonho ao fazê-lo acontecer.
Ao longo dos anos, notou-se claramente um crescimento acentuado. Sentes que havia alguma lacuna específica que a Amplificasom veio preencher no panorama nacional?
Nunca organizámos um evento cujo objetivo fosse meramente financeiro. Temos contas e impostos para pagar, é um facto, e o balanço entre o organizar o essencial e o rentável é uma necessidade. No entanto, o objetivo financeiro nunca foi nem será a prioridade: se assim fosse, toda a essência do que fazemos e representamos perdia-se. As experiências são saudáveis, vamos continuar a fazê-las, mas tudo isto para dizer que sinto muito mais que as pessoas é que nos vão procurando por aquilo que propomos, e não nós a agarrar nas bandas que enchem salas, sem qualquer critério na nossa programação, para com isso enchermos os bolsos. Nada contra, só não nos sentiríamos realizados.
Enquanto blog, a Amplificasom fomentou a discussão entre indivíduos com gostos semelhantes e a palavra foi-se passando gradualmente, contribuindo para esse crescimento. Agora que têm presença no Facebook, Twitter e Instagram, que vantagens e desvantagens vês nesse tipo de redes sociais, face ao formato do blog?
Nós chegávamos a ter 600 visitas únicas por dia, era incrível. Havia pessoas que nos diziam que a primeira coisa que faziam de manhã, antes ainda de tomar o pequeno-almoço, era visitar o blog. Os tempos mudam e tivemos que nos adaptar gradualmente. Tenho uma certa nostalgia desses tempos do primeiro blog, as discussões eram saudáveis e tinham substância. Hoje em dia, sobretudo no Facebook, um post às 11h da manhã está completamente esquecido ao final da tarde. De qualquer maneira, nos dias de hoje é uma ferramenta fundamental e essencial para a comunicação duma promotora. O Twitter e o Instagram, sendo nós uma equipa de duas pessoas, temos encarado como complementos, mas podemos dar-lhes um uso bem melhor no futuro.
Há planos para a celebração deste aniversário da Amplificasom ou ideias novas para os próximos anos?
Já estamos a celebrar os dez anos: começámos o ano com Deafheaven, uma banda altamente relevante atualmente; fizemos os The Body, que são das bandas mais fascinantes e únicas que apareceram nos últimos tempos; e o que dizer dos Full of Hell?; fizemos agora SUMAC (talvez o meu disco preferido dos últimos meses), Mamiffer e Sun Kil Moon... agenciámos uma série de concertos durante todo o ano, vamos ter agora um Amplifest cujos adjetivos me escapam para descrever a sua importância e relevância para quem aprecia o universo musical por onde temos navegado, depois vamos ter Nothing (mais uma estreia em Portugal), vamos ter os 65daysofstatic e o ano não ficará por aqui.
Por fim, o que tens ouvido dentro da música portuguesa?
[HHY & the] Macumbas, para mim, é das melhores bandas de sempre. É uma banda especial, cada concerto é diferente. A energia, o que eles fazem, a sua relevância... não há outra banda assim. O disco roda com regularidade e o segundo está quase aí. Gosto muito do disco dos Névoa e espero mesmo arranjar um tempinho para os conseguir ver no Amplifest.